Suplente tomará posse no lugar de Carlos Anderson da Silva, que está preso. Decisão foi unânime entre vereadores.
Por unanimidade, a Câmara de Vereadores de Carmo do Cajuru definiu pela cassação do parlamentar Carlos Anderson da Silva (PDT), investigado por pedofilia em Carmo do Cajuru. A votação ocorreu em Sessão Extraordinária nesta quinta-feira (14). Ao todo, nove vereadores votaram, com exceção do suplente e do presidente da Câmara.
O vereador suplente, Sebastião Faria Gomes (PDT), tomará posse nos próximos dias, como aponta o presidente da Câmara, Adriano Nogueira da Fonseca (PSB). Ele disse que foi feita a apresentação do relatório final da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que analisou a acusação contra o vereador.
Com o plenário quase vazio, com pouca presença da população, a reunião teve início às 18 horas. Todos os vereadores estiveram presentes e a votação ocorreu após a leitura dos autos e não tem previsão de quanto tempo irá durar.
De acordo com informações da Câmara De Carmo do Cajuru, para a perda do mandato eram necessários seis votos favoráveis a quebra de decoro parlamentar, conforme o artigo 18 da Resolução Nº 002/2004, o Código de Ética e Decoro Parlamentar. “Tivemos a maioria absoluta dos votos e, portanto, ele foi cassado”, disse o presidente da Câmara.
As investigações começaram a partir de uma denúncia e foram finalizadas com 15 vítimas identificadas, as quais tiveram os relatos incluídos no inquérito como objeto de prova contra o vereador, como conta o delegado Weslley Castro. "O vereador foi indiciado por estupro de vulnerável pelas 15 vítimas e ainda existem mais seis crimes envolvendo 'satisfação de lascívia mediante a presença de adolescente e criança' - quando ele se masturbava na presença de vítimas", explicou.
O relatório final foi apresentado pelos membros da Comissão, no dia 30 de maio, o qual levou 70 dias para ficar pronto, sendo permitida durante todo o processo a defesa por parte do vereador investigado, bem como análise de vários documentos solicitados pela Comissão que analisa o caso.
Carlos Anderson da Silva, que foi o vereador mais votado nas eleições de 2016, está preso na penitenciário Pio Canedo em Pará de Minas. Se forem somadas as penas mínimas para cada uma das 15 vítimas, o vereador deve pegar mais de 100 anos de prisão, tendo que cumprir 30 anos, segundo o Código Penal Brasileiro.
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