quinta-feira, 15 de junho de 2017

Vereadores votam pela cassação de parlamentar investigado por pedofilia Carmo do Cajuru

Suplente tomará posse no lugar de Carlos Anderson da Silva, que está preso. Decisão foi unânime entre vereadores.

Por unanimidade, a Câmara de Vereadores de Carmo do Cajuru definiu pela cassação do parlamentar Carlos Anderson da Silva (PDT), investigado por pedofilia em Carmo do Cajuru. A votação ocorreu em Sessão Extraordinária nesta quinta-feira (14). Ao todo, nove vereadores votaram, com exceção do suplente e do presidente da Câmara.

O vereador suplente, Sebastião Faria Gomes (PDT), tomará posse nos próximos dias, como aponta o presidente da Câmara, Adriano Nogueira da Fonseca (PSB). Ele disse que foi feita a apresentação do relatório final da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que analisou a acusação contra o vereador.

Com o plenário quase vazio, com pouca presença da população, a reunião teve início às 18 horas. Todos os vereadores estiveram presentes e a votação ocorreu após a leitura dos autos e não tem previsão de quanto tempo irá durar.

De acordo com informações da Câmara De Carmo do Cajuru, para a perda do mandato eram necessários seis votos favoráveis a quebra de decoro parlamentar, conforme o artigo 18 da Resolução Nº 002/2004, o Código de Ética e Decoro Parlamentar. “Tivemos a maioria absoluta dos votos e, portanto, ele foi cassado”, disse o presidente da Câmara.

As investigações começaram a partir de uma denúncia e foram finalizadas com 15 vítimas identificadas, as quais tiveram os relatos incluídos no inquérito como objeto de prova contra o vereador, como conta o delegado Weslley Castro. "O vereador foi indiciado por estupro de vulnerável pelas 15 vítimas e ainda existem mais seis crimes envolvendo 'satisfação de lascívia mediante a presença de adolescente e criança' - quando ele se masturbava na presença de vítimas", explicou.

O relatório final foi apresentado pelos membros da Comissão, no dia 30 de maio, o qual levou 70 dias para ficar pronto, sendo permitida durante todo o processo a defesa por parte do vereador investigado, bem como análise de vários documentos solicitados pela Comissão que analisa o caso.

Carlos Anderson da Silva, que foi o vereador mais votado nas eleições de 2016, está preso na penitenciário Pio Canedo em Pará de Minas. Se forem somadas as penas mínimas para cada uma das 15 vítimas, o vereador deve pegar mais de 100 anos de prisão, tendo que cumprir 30 anos, segundo o Código Penal Brasileiro.

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