Presidência da empresa afirma que redução de passageiros gerou cortes na empresa (Foto: Pâmela Fernandes/G1)Moradores de Ji-Paraná (RO), a cerca de 370 quilômetros de Porto Velho, relatam problemas no transporte coletivo do município. Falta de veículos e longa espera pelos ônibus estão entre as principais reclamações. Em entrevista ao G1, o presidente da empresa responsável pelo serviço, Walter Freitas, confirmou que houve mudança de horários e redução do números de veículos na frota. O principal motivo para as alterações, segundo ele, é a redução da quantidade de passageiros.
Walter Freitas, presidente da empresa de transportes, esclareceu alguns pontos das reclamações dos usuários. Ele justificou dizendo que houve redução na quantidade de passageiros que utilizam os ônibus na cidade e que cortes de gastos foram necessários. No total, atualmente, são oito ônibus em trânsito em Ji-Paraná, que atendem mais de 30 bairros da cidade.
Segundo Walter, houve mais de 50% na redução de embarques. A empresa chegou a realizar cerca de 96 mil embarques diariamente, mas atualmente, este número caiu para, aproximadamente, 42 mil.
"A empresa trabalha de acordo com um índice de passageiro por quilômetro (IPK). Como o índice de pagantes não é satisfatório, então houve a necessidade de redução de horários", disse.
A empresa trabalha na cidade desde o ano de 2001. Segundo os dados catalogados pela própria empresa, em 2011, o número de vale-transportes vendidos chegou a 56 mil mensais. Entretanto, este número foi caindo e, hoje, a empresa vende aproximadamente 15 mil vales por mês.
"Nosso principal cliente é a prefeitura. Com o momento que passamos hoje, foi natural o cortes de custos na administração da prefeitura. Isso também nos prejudicou", explica.
O G1 procurou a prefeitura de Ji-Paraná para se posicionar sobre o assunto, mas até o fechamento desta matéria não havia recebido retorno.
Segundo usuário, ônibus demora mais de 1h30 para passar (Foto: Pâmela Fernandes/G1)Conforme o presidente, a maior parte do público da empresa é gratuita. Os idosos e deficientes somam de 60% dos passageiros transportados pela empresa. Além deste público, a empresa também oferta a meia passagem obrigatória aos estudantes.
"Estes vales são comprados pela prefeitura. Ela paga meia passagem e o restante dos custos é com a gente. O estudante que está devidamente cadastrado, não paga o vale", explica.
Em decorrência dessa redução, em dezembro de 2016, mais da metade dos funcionários foram demitidos. "Tivemos que demitir 21 pessoas, não comportava mais a gente manter os horários que nós tínhamos até o momento, então, tivemos que fazer as demissões", explica.
Reclamações
No início deste mês de janeiro, a reportagem do G1 mostrou a insatisfação de alguns usuários com os serviços prestados pelo transporte coletivo. Dentre as questões que foram apontadas estão a demora e a falta de informações nos horários dos ônibus, além de más condições dos veículos.
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