sábado, 21 de janeiro de 2017

Frota de veículos cresce 12% em dois anos em Alagoas, diz Detran

Trânsito ficou caótico em vários pontos da capital (Foto: Jonathan Lins/G1)Trânsito é caótico em vários pontos de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

A frota de veículos em Alagoas cresceu 12%, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016. Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e apontam que durante esse período a frota passou de 670.715 para 753.180.

Na capital, o aumento foi o maior dos municípios do estado. De 272.923 em 2014 subiu para 305.991 em 2016. Arapiraca fica em segundo lugar com um crescimento de 85.248 para 94.534.

O aumento causa um problema com relação a mobilidade urbana principalmente na capital, onde o fluxo é maior. A malha viária teve poucas mudanças e isso não supriu a quantidade de veículos.

Motoristas que convivem com os problemas no trânsito na capital falam que o tempo gasto no trânsito aumentou em dois anos. “Trabalho há muitos anos nas ruas e só vejo a situação do trânsito piorar. Antes, chegava do Tabuleiro para o Centro de 15 a 20 minutos pela Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. Hoje, passo mais de uma hora nos mesmos horários”, relatou o taxista Jair Rosalvo.

Taxista Jair Rosalvo diz que trânsito aumentou nos últimos anos (Foto: Carolina Sanches/G1)Taxista Jair Rosalvo diz que trânsito aumentou nos últimos anos (Foto: Carolina Sanches/G1)

Também taxista, Gilson da Silva disse o tráfego fica mais intenso a cada ano. “Trabalho há 14 anos nas ruas com o táxi e não vejo melhora. Tem muitos locais que ficam congestionados em horários de pico e outros, como a Avenida Fernandes Lima, que a qualquer horário tem algum trânsito. Isso prejudica as pessoas que tem horário para chegar e deixa o trabalho mais estressante”, falou.

O vendedor Heleno Rodrigues Viana disse que busca sair de casa em horários de menor movimento para evitar o trânsito. “Sempre que posso evito os horários de pico. Além disso, busco andar por vias alternativas que são mais rápidas”, contou.

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) informou que busca minimizar os problemas. A superintendência disse que nos últimos quatro anos implantou a faixa azul, sincronização de semáforo, sinalização vertical e horizontal, construção de vias que ligam bairros e implantação de binários em vários bairros de Maceió.

Segundo a SMTT, a perspectiva para 2017 é dar continuidade ao diagnóstico e solução de problemas em pontos críticos da cidade, garantido que a mobilidade urbana de Maceió funcione de forma eficiente. “Não apenas nossos estudos técnicos e de campo, mas também os apelos e anseios da população deverão guiar os projetos a serem desenvolvidos pela SMTT no próximo ano”, avalia o assessor técnico do órgão Arypuanã Neto.

Heleno Viana disse que busca sair de casa em horários de menor movimento (Foto: Carolina Sanches/G1)Heleno Viana disse que busca sair de casa em
horários de menor movimento
(Foto: Carolina Sanches/G1)

A Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand) informou que obras que estão sendo executadas e outras previstas para começar neste ano buscam diminuir o problema do trânsito no estado.

Estão em andamento as obras dos eixos viários Cepa e Quartel, que devem disponibilizar vias alternativas à população. Outra obra em andamento é a da duplicação da AL-101 Norte, que também está em andamento.

A secretaria citou ainda a construção do viaduto na rotatória da antiga Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizada no bairro do Tabuleiro do Martins. A obra teve a aprovação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e, segundo a Setrand, se a licitação for realizada conforme o esperado, ela deve começar ainda neste ano.

Faltam ciclovias
A Associação Alagoana de Ciclismo defende o investimento em ciclovias para incentivar o uso do transporte público para se alcançar uma mobilidade urbana melhor. O fundador da associação, Antônio Facchinetti, disse que no estado não há investimentos na área.

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“Quando fazemos uma relação com o que é preciso de ciclovia nas vias do estado, apenas 5% delas dão condições para os ciclistas. Além das ciclovias, o estado não tem sequer um bicicletário”, falou.

Facchinetti também citou a necessidade de investir em transporte público. “Muitas pessoas saem de carro próprio porque o transporte público é deficiente. Se tivéssemos mais vias exclusivas para ônibus e uma cobertura maior dos VLTs já ajudaria muito”, observou.

A respeito da quantidade de ciclovias, a Setrand reconhece a necessidade e diz que todas as grandes as obras que estão sendo feitas tem no projeto a ciclovia. A secretaria cita como exemplo o viaduto da rotatória da antiga PRF e a duplicação da AL-101 Norte.

Paralisação deixou o trânsito congestionado. (Foto: Jonathan Lins/G1)Avenida Fernandes Lima é uma das mais congestionadas da capital (Foto: Jonathan Lins/G1)

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