sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Vendedor é agredido em Uberlândia e família acredita em homofobia

A Polícia Civil em Uberlândia investiga uma agressão e roubo contra um vendedor de 33 anos que, após o crime, foi internado com lesão na cabeça e inconsciente. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele saiu do trabalho na última quinta-feira (18) e chegou em casa de madrugada, no Bairro Saraiva, com ferimentos. Nenhum suspeito foi identificado.

Em entrevista ao G1 nesta sexta (20), a prima da vítima, Fernanda Gabriela Dantas Moura, disse que a família acredita que o crime esteja relacionado com homofobia. "Meu primo é homossexual e chegou no prédio onde mora as 2h30 bem machucado sem conseguir falar nada. Ele, ou alguém tocou o interfone e quando minha tia atendeu o encontrou sem os pertences pessoais e bem machucado. Ele não conseguiu falar nada e então minha tia o levou para a UAI já inconsciente. Acreditamos que fizeram isso com ele pela orientação sexual que ele escolheu", contou Fernanda.

Ainda de acordo com a PM, o caso foi registrado como lesão corporal. No Boletim de Ocorrência (BO) foi relatado que o vendedor teve celular, documentos e pertences pessoais roubados e que a vítima sofreu traumatismo craniano, afundamento de crânio e perfuração do cérebro.

Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde do paciente inspira cuidados. Ele está internado na Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Tibery e aguarda transferência para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) ainda nesta sexta (20). A assessoria do HC-UFU informou que o leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) já foi disponibilizado.

"O documento do meu primo foi encontrado no Bairro Lagoinha na porta de um estabelecimento comercial. Os funcionários do local conseguiram falar com nossos familiares pela internet e entregou o registro geral dele. Estamos muito preocupados com o estado de saúde dele, parece que usaram uma pedra grande para machuca-lo, queremos que ele seja atendido por um especialista rápido", finalizou.

O G1 questionou a Polícia Civil sobre qual delegado está responsável pela investigação do caso e aguarda retorno. Até o fechamento desta matéria não tinha suspeitos do crime e ninguém foi preso.

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