terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CMAE inicia palestras sobre temas educacionais em escolas de Guajará

CMAE atende pacientes gratuitamente em Guajará-Mirim (Foto: Júnior Freitas/G1)CMAE atende pacientes gratuitamente em Guajará-Mirim (Foto: Júnior Freitas/G1)

O Centro Multidisciplinar de Atendimento Especializado Professor José Rodolplho Alves (CMAE) iniciou um cronograma de palestras nas instituições de ensino com temas relativos à educação e problemas sociais em Guajará-Mirim (RO), a 330 quilômetros de Porto Velho. A instituição atende gratuitamente os alunos das redes municipal, estadual e particular, além de pacientes adultos em geral.

De acordo com o CMAE, o objetivo das palestras é conscientizar pais e professores sobre traumas, dificuldades de aprendizado e afetividade dos estudantes especiais, com deficiências físicas ou com alguma complexidade de interação social.

As palestras serão desenvolvidas com temáticas como afetividade, abuso sexual, regras e limites, deficiências, dificuldades de aprendizagem, autismo e dislexia, entre outros assuntos que serão abordados.

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Ao G1, a diretora do CMAE, Claudina Rebouças, disse que o centro tem cinco servidores e oferece atendimentos gratuitos de psicopedagogia, nutrição, braille, libras e assistência social para pacientes na faixa etária de 3 a 25 anos.

Segundo a diretora, em 2016, o órgão recebeu cerca de 250 pacientes, e em 2017 começa a atender a partir do próximo dia 3 de abril, com apoio de estagiárias do sétimo período do curso de Serviço Social de uma faculdade particular.

"Temos um papel muito importante que é de atender as crianças com dificuldades na aprendizagem. Estamos com as portas abertas para atender crianças e adultos, pois tem muita gente que precisa de ajuda. As crianças que chegam fazem um teste e são encaminhadas para serem avaliadas com um neurologista na capital, depois, se for o caso, elas recebem um laudo médico e passam a serem acompanhadas regularmente", explica.

Professor cego, Lourione, fala das dificuldades que os alunos especiais e deficientes sentem no aprendizado (Foto: Júnior Freitas/G1)Professor cego, Lourione, fala das dificuldades que
os alunos especiais e deficientes sentem no
aprendizado (Foto: Júnior Freitas/G1)

O professor de Braille e deficiente visual, José Lourione Freitas, comenta sobre a importância de olhar com mais atenção para os alunos deficientes físicos e especiais.

"Ainda há muito preconceito e falta de sensibilidade com os deficientes. Precisamos olhar para este tema com mais amor e carinho. Aqui eu dou aula de braille, com atendimento educacional especializado aos estudantes com cegueira ou deficiência visual parcial", relatou o servidor.

Para a universitária do sétimo período do curso de Serviço Social, Wilquilene Soares, ter a oportunidade estagiar e adquirir experiência de campo é essencial para se tornar uma boa profissional na área.

"Faremos um bom trabalho nas escolas, com pais, alunos e professores, através das palestras. Esperamos dar e receber conhecimentos, a expectativa é a melhor possível, acredito que sairei dessa jornada como uma pessoa melhor e que entende a limitação do próximo", diz a universitária.

Ainda de acordo com o CMAE, o paciente encaminhado ao centro com um laudo médico frequenta o local uma vez por semana, das 8h às 12h ou das 14h às 18h, durante o ano inteiro. Neste ano, algumas atividades esporádicas, como mutirão de atendimentos serão feitas em parcerias com órgãos como a Universidade Federal de Rondônia (Unir) e o Posto de Saúde Sandoval Meira.

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