Invadores sujaram as paredes e móveis na segunda invasão nesta semana (Foto: Ananda Fernandes/Arquivo Pessoal)A Escola Estadual Batista de Oliveira, no Bairro Costa Carvalho, em Juiz de Fora, foi invadida pela segunda vez em dois dias. Esta é a quinta ocorrência registrada na escola em fevereiro. Nesta terça-feira (28), os responsáveis levaram documentos de alunos, livro de ponto dos professores, grampeadores, máquinas de calcular, caixas de lápis e canetas e um uniforme que ficava exposto em um manequim.
A Polícia Militar (PM) reforçou que está intensificando o patrulhamento nas proximidades da escola e que na quinta-feira (2) irá se reunir com a diretoria para traçar estratégias e evitar mais arrombamentos.
Na segunda-feira (27), o local foi arrombado, objetos furtados e o sino da escola foi danificado. "Depois da invasão desta segunda, os funcionários levaram telefones, máquinas de xerox e impressoras. Por isso, a gente imagina que, ao não encontrar nada de valor, eles decidiram vandalizar o colégio. Arquivos de alunos, funcionários e livros de ponto foram destruídos ou levados", explicou a vice-diretora Ananda Elisabeth Fernandes.
Invasores vandalizaram arquivos da Escola Estadual Batista de Oliveira em Juiz de Fora (Foto: Ananda Fernandes/Arquivo Pessoal)Por falta de condições, as aulas não serão retomadas na quinta-feira (2), conforme estava previsto. A instituição precisa ser limpa para receber os 820 alunos, que são atendidos em 29 turmas dos seis anos ao ensino médio, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) à noite. A expectativa é de reunir a comunidade para explicar a situação.
"Nestes dois dias, viemos contabilizar o prejuízo. Acho difícil ter aulas, porque a gente precisa limpar tudo e reforçar a segurança. Vamos convocar uma assembleia escolar e o colegiado para exigir providências da Polícia Militar (PM) e da Superintendência na sexta-feira (3)", disse a vice-diretora.
Nas cinco invasões neste mês, foram furtados 13 ventiladores e sete computadores, além de monitores, teclados, um gabinete de computador e dois HDs externos.
"A nossa situação fica precária. Vamos conseguir recuperar a parte do trabalho que fica arquivada no sistema do governo. No entanto, o restante vamos ter que refazer, incluindo o livro de ponto dos professores e pedindo que os pais e responsáveis entreguem novamente documentos dos alunos. Estamos sem maquinário, pelo menos até a Superintendência disponibilizar uma máquina para a escola, porque as nossas foram levadas", comentou.
Pelo que foi observado até agora, todas as ações foram realizadas pelas mesmas pessoas. "As invasões foram todas da mesma forma. O modo de agir é o mesmo. Eles entraram por meio de um terreno baldio que sai na rua de cima. Eles estragam a porta do mesmo jeito. Não tem outra possibilidade além de ser pessoas que conhecem muito bem a escola", comentou Ananda Fernandes.
Funcionários farão limpeza da escola na quinta-feira (2) (Foto: Ananda Fernandes/Arquivo Pessoal)
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