quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Empresário é preso por desviar R$ 2,4 milhões de conta de pessoa morta

Ciosp, Polícia Civil, Pacoval, Macapá, Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Empresário foi levado para o Ciosp do bairro Pacoval até ser transferido para o Iapen (Foto: Jorge Abreu/G1)

A Polícia Civil (PC) cumpriu nesta quinta-feira (2) um mandado de prisão contra um empresário que atua no ramo de empréstimo consignado no Amapá. Frederico Greidinger, de 39 anos, é suspeito de participar de um esquema de estelionato que desviou R$ 2,4 milhões de uma conta bancária inativa. O advogado do suspeito disse que entrou com um pedido de revogação do mandado de prisão.

Segundo a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Greidinger recebeu a transferência do dinheiro pertencente a mulher que morreu em 2003. O valor era resultado de precatórios. A investigação, iniciada em 2016, aponta que o empresário teve a parceria de dois gerentes de um banco, um de uma agência do Amapá e outro do Maranhão.

De acordo com a polícia, os gerentes identificaram a conta inativa com o dinheiro e fizeram a transferência. Greidinger teria forjado procurações públicas para participar dar aparência de legalidade na transação e repassou parte dos valores aos comparsas.

O depoimento do empresário foi colhido pelo delegado Leandro Brito. O suspeito teria dito que ficou com R$ 300 mil. A Polícia Civil, no entanto, acredita que o valor tenha sido maior em razão do alto padrão de vida que o suspeito levava com viagens internacionais, aquisições de carros de luxos e a compra à vista de uma casa no valor R$ 400 mil.

Delegado, Leandro Brito, DCCP, Macapá, Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Delegado Leandro Brito, da DCCP
(Foto: Jorge Abreu/G1)

A DCCP não descarta a participação de mais envolvidos no caso e de outros desvios bancários, que ainda são investigados. Brito ressaltou que por se tratar de um crime interestadual há dificuldades na investigação. A Polícia Civil do Maranhão dá apoio no inquérito.

"Conseguimos identificar todo o percurso do primeiro precatório, que foi no valor de R$ 2,4 milhões. Este foi depositado integralmente na conta do empresário. Ele atuava na distribuição do valor entre os comparsas e ostentava", destacou o delegado.

O empresário foi mantido no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval e deve dar entrada no Instituto de Administração Penitenciário (Iapen) ainda nesta quinta-feira. Ele responde pelo crime de estelionato, falsificação de documentos particulares e públicos e lavagem de dinheiro.

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