Integrantes de grupos de matriz africana se reuniram, nesta quinta-feira (2), no centro de Maceió, para celebrar a diversidade religiosa e relembrar o episódio Quebra de Xangô, onde casas de culto afro religiosas de Alagoas foram invadidas e destruídas em 1912.
O Xangô Rezado Alto reverência às vítimas de opressão religiosa e pretende dinamizar o enfrentamento ao racismo, machismo e outras formas de discriminação social.
Nesta quinta, religiosos do candomblé e umbanda fizeram uma manifestação com caminhada, música e capoeira.
A concentração aconteceu na praça Dom Pedro II, em frente à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE-AL), por volta das 15h.
Em seguida, os grupos seguiram pela Rua do Comércio, parando em 5 pontos e um palco final na Praça dos Martírios.
Concentração dos grupos aconteceu na PraçaDom Pedro II, em frente à ALE
(Foto: Natália Normande/G1)
Para a advogada Kandysse Melo, o encontro desta quinta serve para lembrar os ancestrais de religião de matriz africana mortos em 1912.
"Hoje e um dia para pedir respeito da população e de outras religiões. É um dia que marca nossa luta é resistência, nos não estamos comemorando. Estamos lutando", disse emocionada ao G1.
Para os religiosos de matriz africana, o preconceito ainda não acabou. Wandouglas Simas conta que a última vez que foi em um shopping de Maceió com roupas características de religião africana foi muito julgado por sua aparência.
"Os vendedores de uma loja de sapatos não quiseram me atender. Eu andava no shopping e via muitos olhares em minha direção. Após tantas agressões, faz muito medo andar em lugares públicos caracterizado", disse Simas.
O evento cultural contou com a apresentação de equipes do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió (SMTT) e Guarda Municipal.
Percurso pelas ruas do Centro contou com apresentações de maracatu e capoeira (Foto: Natália Normande/G1)
0 comentários:
Postar um comentário