sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Profissionais falam como é trabalhar com vistas privilegiadas de Macapá

Trabalhar aproveitando a brisa do maior rio de água doce do mundo, o Amazonas, ou em um monumento construído sobre dois hemisférios, com a satisfação de contemplar belezas naturais e históricas todos os dias é privilégio de muitos amapaenses. O G1 conversou com 5 profissionais que falam da sensação de poder trabalhar contemplando os principais espaços da capital do Amapá que celebra 259 anos no sábado (4). (assista ao vídeo acima)

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Profissionais falam sobre trabalhar em pontos turísticos de Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Desde terça-feira (31), uma série de matérias destaca a beleza e curiosidades de Macapá. Já mostramos que o "aniversário da cidade terá missa, shows e marabaixo.E nesta reportagem trazemos as histórias de quem trabalha contemplando as maravilhas da capital tucujú.

Praia de um rio de água doce
Ionete Cavalcante, de 40 anos, é gerente em um restaurante no balneário da Fazendinha, espaço turístico a 7 quilômetros de Macapá, banhado pelo rio Amazonas. Maranhense que adotou o Amapá para morar há 7 anos, ela conta que curte poder trabalhar olhando o rio, a praia e os afazeres dos ribeirinhos.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Ionete trabalha como gerente de restaurante na
Fazendinha (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

“É maravilhoso trabalhar aqui porque poucas pessoas têm o prazer de ter uma vista incrível dessa, de ver um rio, de olhar todo dia a natureza, de ver as coisas que Deus criou. Quando eu estou triste, estressada, eu sempre dou uma parada aqui do lado, fico olhando o rio, o movimento da maré, subindo, secando”, descreveu a gerente.

Ionete diz que se agradou muito com os moradores e o clima de Macapá. Para a cidade, a gerente deseja mais cuidados com a natureza e a saúde, e que a capital possa evoluir.

“O que eu quero para esta cidade, eu acho que é o que quer todo amapaense, todo mundo que escolheu esse lugar para morar, é que ela cresça, que ela evolua, que nossos governantes tenham um cuidado especial com essa gente, com a natureza, com nossos parques, nossas praças, ruas, hospitais, com tudo”, deseja Ionete.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Reubson Barbosa trabalha como garçom há 3 anos na orla (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Bela de dia e perigosa à noite
Há 3 anos na função de garçom em um restaurante na orla da Beira Rio, Reubson Barbosa, de 25 anos, diz que gosta de trabalhar e poder interagir com turistas contemplando o rio Amazonas, à frente da orla. Para ele, apesar da vista privilegiada durante o dia, o local fica perigoso à noite. A escuridão toma conta da região no trecho entre os quiosques e a Fortaleza de São José, lamenta.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Garçom pede mais iluminação à noite na orla
(Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

“Para o que já foi a orla de Macapá, hoje em dia eu posso dizer que está um abandono. Porque iluminação à noite aqui não tem, está bastante escuro, só vão ter luzes dos ambulantes, batateiros, e alguns quiosques nossos, que têm vigia à noite. Aqui também não tem como circular à noite, por causa dos frequentes assaltos. É difícil até para trazer a família, os filhos para brincar na praça, porque realmente está um abandono”, disse o garçom.

Querendo melhorias e uma cidade mais bonita, o garçom macapaense pede mais segurança e iluminação para a orla da capital.

“Eu, sinceramente, desejo que nossos governantes venham olhar mais para a nossa cidade, ter mais amor e carinho pela cidade em que vivemos, principalmente para a orla que é a identidade da cidade. Todo mundo vem olhar para conhecer. Quero uma cidade mais bonita”, pediu Barbosa.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Dilmara Maciel faz a vigilância do monumento Marco Zero há 1 ano (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

No meio do mundo
O monumento Marco Zero do Equador, obelisco que marca a passagem da linha imaginária do equador em Macapá e a divisão dos hemisférios Norte e Sul do planeta, é vigiado há mais de 1 ano pela amapaense Dilmara Maciel, de 39 anos.

“É uma imensa satisfação trabalhar no meio do mundo, onde vem várias pessoas de todo o mundo visitar o nosso ponto turístico do Amapá. Eu me sinto feliz de estar trabalhando aqui. É um local bonito, agradável, onde todo mundo vem fazer uma visita”, falou a vigilante.

Dilmara, enquanto trabalha, observa que visitantes, sejam estrangeiros ou amapaenses, colaboram para a sujeira do local. Por isso, além de desejar melhorias à saúde e educação, ela pede uma cidade mais limpa.

“O que eu desejo para Macapá é tudo de bom, que os governantes se preocupem mais com a saúde, com a educação e que Macapá seja uma cidade mais limpa”, pediu Dilmara.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)'Seu Zequinha' é responsável pelos cuidados com o gramado do estádio (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

O ‘Seu Severino’ do Estádio ‘Zerão’
José Maria Borjan, de 50 anos, mais conhecido como seu “Zequinha”, é considerado o “Severino” do Estádio Olímpico Milton de Souza Corrêa, o “Zerão”. Ele trabalha no local desde 2011, tendo iniciado como pintor na reforma, e hoje, encarregado de manutenção da arena esportiva. 'Zequinha' mora no Amapá há 6 anos, e não se vê trabalhando em outro lugar.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Encarregado de manutenção trabalha há 6 anos no
estádio 'Zerão' (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

“Eu me sinto muito orgulhoso porque devido a grandeza do estádio, do estado, a gente acaba criando um carinho por tudo o que a gente tem feito. E da maneira que a gente chegou aqui e encontrou o estádio, hoje a gente vê isso aqui como uma coisa maravilhosa, um estádio arrumado, como tem vindo várias pessoas de outros estados e vêem que o estádio não deixa a desejar perto de muitos estádios pelo Brasil”, elogiou Zequinha.

Ele é o responsável pela manutenção do estádio, ou seja, trabalha cuidando do gramado, da limpeza das estruturas, organização, e deve deixar o estádio preparado, em boas condições de uso para todos os eventos. Os votos para a cidade são de quem adotou Macapá como cidade do coração:

“Desejo que Deus derrame bênçãos sem medidas para esta cidade. Da mesma maneira que eu fui recebido com carinho aqui na cidade, eu também procuro tratar com todo carinho essa cidade. Parabéns, Macapá. É uma cidade que faz parte da minha vida, assim como eu já faço parte da vida de Macapá”, homenageou Zequinha.

Profissionais, trabalho, macapá, vistas privilegiadas, pontos turísticos, Amapá, 259 anos, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Jubi Miranda sente-se satisfeito em trabalhar no maior forte da América Latina (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Maior forte da América Latina
O turismólogo Jubi Miranda, de 35 anos, trabalha na Fortaleza de São José, um dos prédios mais antigos da cidade, construído às margens do rio Amazonas. O forte também é o maior da América Latina. A satisfação é o sentimento de Jubi ao falar do trabalho.

“Além da vista e da própria história do monumento que a gente pode contar para as pessoas que aqui chegam procurando informações a respeito da fortaleza, que tem também uma atração junto com a cidade e o estado de um modo geral pelo seu contexto histórico, a gente se sente realmente muito satisfeito e honrado”, falou o turismólogo.

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Jubi também é analista técnico da fortaleza e pede melhorias para a qualidade de vida dos macapaenses e também dos turistas que visitam Macapá.

“Que a cidade de Macapá torne-se uma cidade cada vez melhor para os habitantes, para os nossos visitantes, turistas que visitam nossa cidade. A gente espera que as pessoas que já estão nesta cidade, que fazem a gestão pública, consigam trabalhar para dar cada vez melhor qualidade de vida às pessoas que moram aqui e também aqueles que vêm nos visitar”, deseja o turismólogo.

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