quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Reunião discute saída de hospital de Juiz de Fora da rede de urgência

frame htmj (Foto: Reprodução/TV Integração)Comitê discutiu possibilidade de nova unidade
receber traumas (Foto: Reprodução/TV Integração)

O comitê gestor da rede de urgência e emergência se reuniu nesta quinta-feira (2) para discutir a possibilidade de uma nova unidade hospitalar assumir a portaria de traumatologia. O Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus é referência para os 94 municípios da rede para esse tipo de atendimento, mas manifestou não quer não mais integrar a rede de urgência.

O hospital recebeu o credenciamento do Ministério da Saúde em 2016, mas é o Hospital de Pronto Socorro (HPS) que executa serviço, segundo o superintendente regional de saúde, Oleg Abramov.

"Depois de muitas negociações, não conseguimos um acordo que posso possibilitar a maternidade de cumprir seu papel dentro da rede de urgência. A Prefeitura de Juiz de Fora, através do HPS, é que está assumindo uma responsabilidade e não recebe financiamento para isso. Muitos dos municípios acabam indo para o hospital de Juiz de Fora exatamente por não ter essa porta", disse o superintendente regional de saúde, Oleg Abramov.

De acordo com o superintendente, os atendimentos de traumatologia podem ser realocados para algum hospital do município ou até mesmo em outra cidade que integre a rede de urgência. "Na realidade nós precisamos de um hospital que receba as ambulâncias do Samu para os procedimentos de alta complexidade e essa habilitação só chegou recentemente, mas a alegação é de que o financiamento é insuficiente", afirmou.

"O que nós estamos fazendo é esse novo fluxo perante essa dificuldade que o hospital apresentou aos gestores e ao MP. O momento é de como vamos nos portar diante dessa nova realidade", disse o secretário adjunto de Saúde, Márcio Itaboray.

No dia 22 de novembro de 2016, o hospital declarou interesse para continuar atuando na rede. O promotor de Justiça Rodrigo Ferreira de Barros disse que desde essa data corre o prazo de seis meses para que a Maternidade entregue os serviços dentro da rede. "Que o município consiga um novo prestador que possa assumir, não só essa porta, mas também outros serviços prestados pelo hospital", afirmou.

Problema recorrente
Em dezembro de 2014, os atendimentos de urgência e emergência foram suspensos. A unidade ainda não havia sido credenciada pelo Ministério da Saúde e o Governo do Estado, através de convênio firmado com os municípios. Na época, o prejuízo era de R$ 10 milhões, porém uma liminar judicial determinou a retomada das atividades.

Em março de 2016, uma reunião com o comitê também propôs a suspensão dos atendimentos. Conforme a diretoria da unidade, eles fizeram empréstimos para pagar os salários atrasados dos funcionários. Neste período, o promotor de Defesa de Saúde aguardava uma proposta do Governo Estadual para complementação financeira até que o hospital fosse habilitado pelo Ministério da Saúde.

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