terça-feira, 21 de março de 2017

Avanços de portadores de Down são comemorados em APAE de Ji-Paraná

Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março (Foto: Gracyeli Nunes Santana/Arquivo pessoal)Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março (Foto: Gracyeli Nunes Santana/Arquivo pessoal)

Em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, nesta terça 21 de março, pais de portadores da síndrome se reuniram para compartilhar experiências e progressos em Ji-Paraná, cidade situada a cerca de 370 quilômetros de Porto Velho. A reunião aconteceu durante a manhã, na Associação Pais e Amigos Especiais (Apae).

De acordo com a psicóloga da entidade, Sônia Maria Nóbrega, as mãe se reúnem há cerca de um ano para compartilhar experiências. "Nós já tínhamos atendimento às mães de jovens com a síndrome e percebemos que as mães de bebes e crianças com down precisavam deste espaço para compartilhar e tirar dúvidas", explica.

A reunião desta terça-feira (21), além de trazer as dificuldades e alegrias do dia-a-dia, também salientou os grandes avanços que devem ser comemorados em Ji-Paraná, principalmente quando o assunto é a quebra de preconceitos e a inclusão.

Encontro proporciona troca de experiências às mães (Foto: Pâmela Fernandes/G1)Encontro proporciona troca de experiências das
mães (Foto: Pâmela Fernandes/G1)

"Hoje nós atendemos apenas 20 crianças na APAE pois a maioria delas já conseguiu ser incluída nas escolas convencionais. Ainda há preconceito? Claro. Mas é muito menor do que a gente via antes", declara a profisisonal.

Mãe da Tamilly de Oliveira, de 14 anos, Luzia Aparecida, tem muita experiência para contar e se reúne semanalmente com as mães para ajudá-las e também ser ajudada.

"Ajuda muito. Na troca de experiências, quando você chega numa situação parecida, lembra-se do relato da mãe. Hoje passo a minha experiência de quase 15 anos para mães de bebes", explica.

A psicopedagoga, Graciely Nunes Santana, é novata na área. Ela é mãe do Arthur, de 3 anos e como a maioria das mães, ao descobrir que o filho tinha a síndrome se sentiu perdida. "Eu não sabia como ia lidar. Meu maior medo era que meu filho fosse rejeitado pelas pessoas, que ele sofresse com isso. Outro medo era saber que eu nem sempre estarei aqui, e como que ele iria viver sem mim se isso acontecesse", relembra a mãe.

Assim que o filho nasceu, ela procurou por ajuda para saber por onde deveria começar a cuidar, o que fazer. Durante as reuniões com as mães, o medo tem diminuído. "Eu percebi que o medo que eu tinha era o mesmo que mães de crianças que não tem down também têm. Meu filho onde chega conquista o espaço dele, e não é por que ele é especial, é por que ele esbanja amor e carinho pelas pessoas", afirma.

Aos 33 anos, Geovani de Souza Oliveira, é portador de down. Ele afirma ser orgulhoso de ser down e ser muito amado. "Quando eu chego em algum lugar e sou tratado mal, são pessoas que não sabem o valor de um ser humano, e por isso fazem isso. Síndrome de down são pessoas que tem respeito, amor, carinho. Isso é muito bom", ensina.

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