Depois de produções malsucedidas de tijolos e telhas, olarias instaladas em Macapá procuraram o Instituto de Pesquisas do Amapá (Iepa), que iniciou um estudo sobre a atividade em janeiro deste ano. As empresas dizem que os produtos estão quebrando durante o processo de secagem.
Pesquisadores do instituto estão testano outras composições do produto. A cada mistura é feita a análise da resistência das peças. Cerca de 40 olarias atuam no estado.
Para o pesquisador do Iepa Flávio França, mestre em geologia e geoquímica, uma das causas para as peças estarem menos resistentes pode ser a escassez de argila, principal matéria-prima usada na fabricação de tijolos e telhas.
geologia e geoquímica (Foto: Jorge Abreu/G1)
França ressalta que grande parte das olarias está localizada em Macapá e Santana, onde ocorre a carência. Outro motivo para a falta na resistência seria a alteração química natural da argila.
“A maioria das olarias do estado está localizada na região metropolitana. Então essa matéria-prima já está ficando escassa. Futuramente, as empresas terão que sair dessa área e transferir a planta produtiva para próximo de um local de extração”, destacou.
O Iepa informou que fechou uma parceria com as olarias do estado. Os ensaios realizados com telhas e tijolos não são cobrados, mas as empresas ficam responsáveis pela manutenção de equipamentos do instituto. A expectativa é de que os estudos no laboratório de cerâmica terminem em março.
“Como as empresas não possuem laboratórios de controle e qualidade da matéria-prima, então, com produções malsucedidas, o prejuízo é em dinheiro, porque vão produzir, gastando com energia elétrica e mão de obra para um resultado não esperado e o material acaba sendo descartado”, finalizou.
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