sexta-feira, 10 de março de 2017

Macapá pode solicitar verba federal para conter erosão no Bailique

bailique (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)Fenômeno é provocado pelo avando do rio Amazonas (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

A situação de emergência por causa da erosão que atinge o Arquipélago do Bailique, a 180 quilômetros de Macapá, foi reconhecida na quinta-feira (9) pelo Ministério da Integração Nacional. Com isso, a prefeitura da capital pode solicitar recursos e auxílios federais para conter o fenômeno que já atingiu mais de 45 casas, segundo a Defesa Civil municipal.

No dia 9 de fevereiro, a prefeitura informou que foi decretada situação de emergência no Bailique, que desde dezembro de 2016, vem sofrendo com o fenômeno das terras caídas, em que a força do rio provoca a erosão de áreas ribeirinhas. O decreto de emergência é uma das condicionantes para que a capital receba ajuda financeira e operacional federal.

Arquipélado do Bailique, erosão, Terras Caídas, erosão, Macapá, Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Residências e prédios públicos são ameaçados
com a força da erosão (Foto: Jorge Abreu/G1)

A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), possibilita o apoio do Governo Federal às regiões atingidas por desastres naturais. Por meio da medida, as prefeituras podem solicitar apoio material e financeiro da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

O comandante da Defesa Civil em Macapá, Ubiranildo Macedo, disse que o valor solicitado será discutido com órgãos municipais e estaduais, que será colocado em um plano de trabalho a ser executado na região.

"O trabalho de levantamento de todo o impacto do fenômeno de terras caídas foi feito no Bailique. Existe a necessidade de intervenção, com a ajuda do Governo Federal, para assistir à comunidade, com a construção de passarelas e recondução dessa infraestrutura. O Governo Federal já sinalizou, mas não tem valor definido, porque isso será discutido de acordo com informações do projeto, que serão prestadas em um relatório", destacou.

saiba mais

Após a análise técnica, o órgão define o valor do recurso a ser disponibilizado. A Defesa Civil informou que atualmente mais de 150 casas no Bailique correm risco de desabar por causa do fenômeno.

A erosão causada pela cheia do rio Amazonas está destruindo casas e passarelas construídas às margens do rio. Os prejuízos também se estenderam às redes elétrica e de água da região.

Esta é a segunda vez que o local tem decretada situação de emergência. Em março de 2015, o executivo decretou emergência na região após a Defesa Civil condenar 38 casas em 8 comunidades.

Estudo
O Instituto de Pesquisas do Amapá (Iepa) produziu um novo relatório sobre a erosão na região, constatando que o fenômeno ocorre com a força da maré sobre as margens, atingindo o arquipélago. O levantamento iniciado em abril de 2016 apontou que parte do problema é ocasionado pelo desmatamento da vegetação próximo às margens do rio.

Outro motivo para a erosão são as mudanças ambientais na foz do rio Araguari, que alteraram a hidrodinâmica no rio Amazonas e afetam diretamente o Bailique.

Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o VC no G1 AP ou por Whatsapp, nos números (96) 99178-9663 e 99115-6081.

0 comentários:

Postar um comentário