Integrantes de movimentos sociais e sindicais se mobilizaram em várias atividades nesta terça-feira (8), em Uberlândia, para marcar o Dia Internacional da Mulher. Dentro da programação estava prevista uma caminhada, que começou na Praça Tubal Vilela e percorreu avenidas do Centro. A organização estimou que cerca de mil pessoas participaram da marcha. A Polícia Militar não acompanhou o ato.
O manifesto pelas ruas da cidade teve como objetivo chamar a atenção para os direitos das mulheres e pedir a igualdade salarial e divisão das tarefas domésticas. Participaram a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu), SOS Mulher e Família, Núcleo de Estudos de Gênero da UFU, Todas por Elas, e outros movimentos sociais.
A marcha também foi contra a reforma da Previdência que, segundo os movimentos presentes vai prejudicar principalmente as mulheres trabalhadoras do campo. Com a reforma trabalhista, elas só podem se aposentar com 65 anos.
(Foto: Bárbara Almeida/G1)
Claudia Guerra, presidente da Organização Não-Governamental (ONG) SOS Mulher e Família, comentou que o protesto também teve a intenção de protestar sobre a violência machista no Brasil e no mundo e pedir ações de políticas públicas. "Só com políticas públicas vamos conseguir mudanças concretas. Várias ONGs que atendem mulheres em Uberlândia estão sem subvenção. Queremos mudar este cenário e nos unimos para isso", argumentou.
Durante a caminhada, os manifestantes lembraram nomes de 17 mulheres assassinadas em Uberlândia no último ano.
Confusão
A caminhada deixou o trânsito lento em algumas ruas do Centro. Houve discussão entre motociclistas e manifestantes. De acordo com agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran), um motociclista inabilitado que tentou passar nas ruas bloqueadas durante o protesto foi multado e teve a moto apreendida.
Atividades
O dia foi marcado por diversas atividades para a mulher na cidade. Durante o período da tarde o grupo participou de práticas terapêuticas comunitárias e orientações jurídicas sobre direitos das mulheres. Além disso, após a marcha teve apresentações culturais de dança, poesia e grupo de capoeira.
“Hoje é só mais um dia de luta. Só queremos mostrar que juntas somos fortes. Precisamos parar para pensar na violência contra as mulheres e mudar isso, manifestar contra isso. Queremos uma Uberlândia de paz”, finalizou Cláudia Guerra.
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