segunda-feira, 20 de março de 2017

No AP, quilombolas do Curiaú reclamam de falta de água há 8 dias

curiaú, água, amapá, macapá, (Foto: Rosa Ramos/Arquivo Pessoal)Moradores buscam água em poços artesianos e no balneário do Curiaú (Foto: Rosa Ramos/Arquivo Pessoal)

Moradores do quilombo do Curiaú, às margens da rodovia AP-070, a 8 quilômetros de Macapá, reclamam que estão há 8 dias sem o fornecimento de água tratada pela Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa). A falha no sistema teria começado no dia 12 de março e permanece nesta segunda-feira (20).

Em nota, a Caesa informou que a rede está funcionando normalmente. Ainda assim, “enviará esta semana uma equipe de manutenção de água para verificar, de maneira mais detalhada, casos específicos de interrupção no fornecimento do produto”, para realizar os reparos.

Fala Comunidade - Curiaú (Foto: arte G1/AP)Curiaú é um quilombo há 8 quilômetros de Macapá
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

A falta do serviço afeta toda a comunidade. Até mesmo a Escola Estadual José Bonifácio, que funciona ao lado da bomba da Caesa e que teve as aulas iniciadas nesta segunda-feira.

De acordo com a presidente da associação de moradores do quilombo do Curiaú, professora Rosa Ramos, de 50 anos, os moradores enfrentam dificuldades.

“Estamos há 8 dias que não cai nada de água na nossa comunidade. Recebemos duas vezes a visita da Caesa durante a semana passada, mas não solucionaram a situação. Eles falam que está normal, que a bomba está funcionando, e que o problema está na distribuição”, explicou Rosa.

Para conseguir cuidar da louça suja, das roupas e tomar banho, os moradores vão atrás de água no balneário do quilombo ou em 3 casas que têm poço artesiano e que doam água aos outros moradores.

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“A gente percebeu que a bomba não está tendo força para distribuir a água para a comunidade. Esse sistema que atendia a comunidade em 1994, quando nós tínhamos 300 casas, é o mesmo que nos atende hoje, com mais de 1 mil casas. A gente pede a ampliação desse serviço de tratamento de água na comunidade”, pediu Rosa.

Segundo a Caesa, nos próximos dias, uma equipe vai analisar detalhadamente o sistema de fornecimento de água no quilombo, para poder encontrar onde está a falha. Com relação à ampliação de rede de água para a comunidade, a companhia informou que o Curiaú faz parte de um projeto de universalização de água em Macapá.

O estudo deve estender a rede para outros locais que não possuem o fornecimento da Caesa. Atualmente, está sendo finalizado o processo licitatório para a contratação da empresa que vai elaborar o projeto.

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