segunda-feira, 6 de março de 2017

Penitenciária onde ocorreu massacre passa por nova revista em Manaus

Presídio foi palco de rebelião mais violenta do Amazonas (Foto: Suelen Gonçalves/ G1 AM)Presídio foi palco de rebelião mais violenta do Amazonas (Foto: Suelen Gonçalves/ G1 AM)

O Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no km 8 da BR-174 - palco do massacre em que foram mortos 57 presos no primeiro dia de 2017 - passa por revista na manhã desta segunda-feira (6), segundo a Polícia Militar.

 image
REBELIÕES NO AM
Presídios tiveram 60 mortes em 24 h

A ação é realizada com apoio de equipes do Centro de Operações Especiais (COE), Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Polícia Civil, além do Exército.

As equipes iniciaram a revista minuciosa no local por volta das 3h da madrugada, com o objetivo de encontrar objetos ilícitos dentro da unidade.

A última varredura com o apoio do Exército ocorreu no dia 31 de janeiro na Vidal Pessoa, com um equipamento que detecta minas e outros explosivos.

Rebeliões e fugas
A rebelião que aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário como "o maior massacre do sistema prisional" do Estado. Ao todo, 57 foram mortos na unidade no dia 1º de janeiro de 2017.

O massacre foi liderado por internos da facção Família do Norte (FDN), segundo a Secretaria de Segurança.

Na tarde do dia 2, outros quatro presos morreram na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus.

No dia 8 do mesmo mês, uma nova rebelião deixou quatro mortos na Raimundo Vidal Pessoa, localizada no Centro de Manaus. O local estava desativado por recomendação do Conselho Nacional de Justiça e foi reaberto para a acomodação de presos ameaçados de morte no Compaj.

Além dos assassinatos, 225 presidiários conseguiram escapar das unidades. Um total de 72 presos fugiu do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista) na manhã de domingo (1º). Outros 112 conseguiram fugir do Compaj no dia do massacre. Ao todo, 113 seguem foragidos.

0 comentários:

Postar um comentário