A população de Peritoró, situado no leste do Maranhão, está sem poder efetuar saques e realizar pagamentos na agência do Banco do Brasil da cidade desde que o cofre da agência foi alvo de bandidos durante um assalto ocorrido há quatro meses. O cofre foi danificado durante a ação criminosa e desde então está impedindo os aposentados, pensionistas e funcionalismo público de realizar as suas transações bancárias.
Segundo os moradores, eles precisam se deslocar para municípios vizinhos a fim de tentar solucionar os seus problemas relacionados à agência bancária.
No entanto, com o deslocamento dos clientes para outras cidades o dinheiro que circulava em Peritoró desapareceu e a queda nas vendas foi geral na cidade, segundo o empresário José Alberto da Silva. “Acredito que possa ser até mais de 50% e tem setor que está sofrendo mais de 50% porque o dinheiro não está circulando na nossa cidade. Eles vão para outra cidade e vão receber, e gastam por lá mesmo. Passam o dia todo para receber e quando chega aqui já não tem mais nada”, lamentou.
O empresário Edinaldo Salazar, que trabalha no ramo da construção, destacou que os comerciantes também não podem fazer depósitos e com isso eles estão arriscando as suas vidas transportando valores que chamam a atenção dos criminosos que atuam na região.
“Depósito que é o principal e movimentação de dinheiro aqui não faz mais nada. A gente que tem um comerciozinho desse aqui tem que ir para cidade alternada. Um dia vai para um, outro dia vai para outro para não chamar a atenção dos marginais e o risco é muito grande”, revelou Edinaldo Salazar.
Aposentados, pensionistas e funcionalismo público não estão realizando transações bancárias em Peritoró (MA) (Foto: Reprodução/TV Mirante)Os comerciantes e empresários prejudicados estão se reunindo para subescrever um documento reunindo diversas entidades de Peritoró e região para tentarem convencer a Superintendência do Banco do Brasil no Maranhão da necessidade urgente do funcionamento da agência, uma vez que é a única da cidade.
Os outros bancos, de acordo com o empresário Antônio de Araújo e um dos líderes do movimento, estão representados apenas por agências postais que possuem várias limitações.
“Entidade de classe, instituições, inclusive a própria gerência do banco e outras entidades que possa somar para gente poder chegar a Superintendência e mostrar a necessidade que Peritoró hoje passa sem essa situação do Banco do Brasil e esse banco atendia Alto Alegre, Lima Campos, Capinzal do Norte e outros municípios adjacentes. Então por isso, nós estamos em uma situação hoje de calamidade para o Banco do Brasil”, finalizou Antônio de Araújo.
Apesar das tentativas, nenhum contato foi possível com a Superintendência Estadual do Banco do Brasil para explicar os problemas apresentados na reportagem.
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