segunda-feira, 20 de março de 2017

Reparos são feitos em locais atingidos pela chuva em Uberaba

recupera chuva uberaba (Foto: Reprodução/TV Integração)Equipes fazem recuperação da Avenida Leopoldino de Oliveira (Foto: Reprodução/TV Integração)

Após um temporal que atingiu Uberaba no fim de semana, funcionários da Secretaria de Serviços Urbanos (Sesurb) e o Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau) começaram os trabalhos nesta segunda-feira (20) para consertar os estragos que foram causados em vários locais da cidade.

Pela manhã, as equipes do programa #Multiação foram deslocadas para ajudar nos reparos dos pontos mais prejudicados, como no cruzamento da Avenida Guilherme Ferreira, com a Rua Doutor Ludovice, onde surgiram buracos. Porém, o trabalho se concentrou na Avenida Leopoldino de Oliveira, com a Avenida Santos Dumont onde, após o temporal, se abriu uma cratera.

“Estamos com a máxima urgência de poder liberar todo o trânsito com a maior segurança possível. Já estamos com pessoal e maquinário para que possam ocorrer os reparos o mais rápido possível, evitando qualquer prejuízo que possa a vir ocorrer”, garantiu oi secretário adjunto de Serviços Urbanos, Marlos Salomão.

Por conta das obras neste trecho, o trânsito na Avenida Leopoldino de Oliveira foi interrompido. Com isso, o ônibus do sistema BRT teve o itinerário alterado, mas sem prejuízos aos usuários, já que as paradas em todas as estações foram mantidas. Os outros motoristas também tiveram que optar por caminhos alternativos. Agentes de trânsito orientaram os motoristas. 

Segundo a Sesurb, as equipes também fizeram limpeza e retirada de árvores caídas. Enquanto isso, a população espera que pelo menos os problemas dos buracos sejam resolvidos de forma definitiva.

“Já foi falado várias vezes que essa obra do ‘Água Viva’ seria para resolver este problema. Mas Uberaba, infelizmente, é só dar uma chuva mais forte que todos os problemas voltam. A solução definitiva parece que está longe. Não sabemos se a proporção de chuva que é muita ou se a capacidade de escoamento da água no subterrâneo não foi suficiente”, avaliou o comerciante Luís Carlos de Sousa.

Recupera chuva Uberaba (Foto: Reprodução/TV Integração)Parte do asfalto da Guilherme Ferreira com Dr. Ludovice foi arrancada (Foto: Reprodução/TV Integração)

Explicações da Prefeitura
Em entrevista ao MGTV 1ª edição, o coordenador do Projeto “Água Viva”, José Maria Barra, e o secretário de Obras, Nagib Facury, responderam questionamentos sobre o projeto e explicaram a situação. 

“Havendo uma tromba d'água como esta, mesmo com o canal da largura da Leopoldino de Oliveira, uma acidentalidade não é prevista. Os canais foram projetados com critérios - levantou-se o que se tinha há 20 anos, tirou-se o que era exagerado, fez a média e colocou-se um coeficiente de segurança de 30% a 40%. Para atender esta chuva, teria que ser um coeficiente de segurança de 200%, que é inaplicável. O sistema funciona em condições normais, mas acidentalidades como estas, uma vez por ano, podem acontecer, como aconteceu. Mas é preciso que a cidade se prepare ou se programasse e ajudasse num caso destes”, comentou Barra.

Sobre os pontos críticos, onde os asfaltos foram arrancados, Facury afirmou que a espessura do asfalto era boa e que foi muito bem aplicado.

“Foi um acidente de percurso naquele local, com cerca de 50 m². Os canais estão em operação desde 2010; então, há sete anos ele vem operando normalmente. E foi uma chuva totalmente atípica, com vento. Projetos não são calculados pelo extremo, são calculados pela média com certa segurança. Uma chuva destas pode trazer transtornos. Acho os projetos foram bem executados e as obras bem feitas. A população, certamente, deixou de conviver com estes problemas durante sete anos”, assegurou.

Chuva Uberaba 1803 (Foto: G1/G1)Carro ficou ilhado na Avenida Guilherme Ferreira
(Foto: G1/G1)

Chuva
O temporal no sábado (18) durou aproximadamente 40 minutos, com ventos que chegaram a 40 km por hora. Segundo a climatologista Wanda Prata, choveu 76 milímetros, que é o volume equivalente a seis dias de chuvas. 

O Corpo de Bombeiros atendeu 20 quedas de árvores. Segundo Prata, a média climatológica para março é de aproximadamente 200 milímetros e, até o sábado, o volume registrado durante o mês em Uberaba é de 141 milímetros. Para ela, a chuva foi provocada por uma frente fria acompanhada de um cavado, que é um sistema de baixa pressão.

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