Curso teve início na última segunda-feira (1) e seguirá até nesta sexta-feira (5). Objetivo da iniciativa é implementar o plano de gestão ambiental da terra onde vivem.
Índios das etnias Ikolen, conhecidos como Gavião, e Karo, conhecidos como Arara, estão participando durante esta semana do curso de formação de agentes ambientais indígenas na Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental, em Porto Velho. O objetivo da iniciativa é implementar o plano de gestão ambiental da terra onde vivem. Os participantes devem apreender sobre a proteção do território e da terra para manter a floresta, a caça e a cultura de onde vivem.
Foram selecionados para participarem do curso dez indígenas de cada etnia. Todos são habitantes da Terra Indígena Igarapé Lourdes, localizada no município de Ji-Paraná (RO), a cerca de 370 de Porto Velho. O curso teve início na última segunda-feira (1) e seguirá até nesta sexta-feira (5).
Segundo a coordenadora do projeto, Ivaneide Bandeira, o objetivo da iniciativa é implementar o plano de gestão ambiental da Terra Indígena Igarapé Lourdes. Dentro do plano de gestão, os indígenas vão aprender como proteger o território, como garantir a proteção da terra para manter a floresta, a caça e a cultura do lugar onde residem.
"Esse curso vai preparar eles para fazerem a vigilância do território, para saber como agir quando encontrar um invasor em sua terra, para saber como chamar as autoridades, porque os indígenas não podem prender, mas eles podem deter as pessoas e chamar a polícia, chamar a Funai. Então eles vão aprender o que a lei diz e vão aprender como é que eles podem fazer essa proteção do território com segurança, com tranquilidade e manter sua terra protegida", disse a coordenadora.
A capacitação oferecida pelo projeto vai ensinar também os indígenas a usarem GPS, computador, fazer relatórios de denúncias, fotografar dano ambiental, mandar pautas para a mídia, identificar quando um dano é de madeireiro e sobre os índios isolados. Ao longo da semana, várias palestras serão ministradas para explicar sobre a legislação das terras indígenas e quais garantias elas têm.
Além das palestras, os participantes também irão fazer uma simulação da terra indígena e como devem atuar quando tiver um garimpeiro ou madeireiro querendo invadir a terra.
Segundo o participante Josias Gavião, o curso será muito proveitoso porque é a primeira experiência em curso que eles vão ter. "A capacitação é importante para que a gente possa defender aquilo que é nosso, não substituir ou fazer o papel de polícia, mas fazer a nossa parte", comentou.
Para o cacique Chaguinhas, do povo Arara, o curso é uma novidade, pois nunca participaram de uma formação.
“A gente tem muita esperança e confiança que isso vai dar certo, porque é uma coisa que vem não só mostrar para nós do Arara e para a Gavião, mas também mostrar para outras etnias que, nós como indígenas, devemos lutar para defender nossas terras. Nós temos que pensar no amanhã e na nossa futura geração”, expressou Chaguinhas.
Além das atividades de formação durante o curso, os indígenas também participarão de momentos de lazer, irão aprender a jogar basquete e futsal, por exemplo. O curso ocorrerá até nesta sexta-feira no centro de formação da Kanindé.
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