terça-feira, 30 de maio de 2017

Nova rota da pororoca pode elevar economia e turismo no litoral do Amapá

Descoberta a partir de 2015, formação de novas ondas acontece em quase um terço do litoral. Projeto prevê incentivo à visitação, esporte e desenvolvimento de comunidades ribeirinhas.

Ocupando quase um terço do litoral do Amapá, a nova rota da pororoca identificada e mapeada por pesquisadores e esportistas, poderá impulsionar o desnvolvimento econômico e turístico do litoral do estado, beneficiando comunidades ribeirinhas.

Após uma expedição de 10 dias pela costa do estado feita por órgãos governamentais, de segurança, especialistas e surfistas, novas áreas, ainda mais isoladas a Leste do estado, chamaram a atenção, entre elas, a da Vila do Sucuriju, no município de Amapá, que tem ondas de 5 metros.

O secretário de estado do Meio Ambiente, Marcelo Creão, destacou que as comunidades atingidas pelo fenômeno em municípios costeiros, como Ferreira Gomes, Amapá e Tartarugalzinho, podem ser beneficiadas com incentivo ao turismo atraindo visitantes de todo o país.

"Temos muitas fotos, muitas imagens, muitos aspectos de periculosidade em locais que possam ter uma exploração turística ou ecoturística da pororoca, até por famílias. Pois as formas de entrada e saída das pororocas estão dominadas pelas comunidades", apontou Creão.

Para acelerar o processo de incentivo à rota, o secretário defende a implantação do Comitê da Bacia do rio Araguari, que vai gerir mais de 150 comunidades riberinhas na região. O comitê teria o acesso facilitado de recursos financeiros necessários para aplicar na área.

O surfista Jim Daves, da Associação de Surf e Standup do Amapá (Assuap), detalhou que as novas ondas acontecem com intensidade em uma área iniciando na Estação Ecológica Maracá-Jipioca, em Amapá, seguindo até as proximidades do Arquipélago do Bailique, em Macapá.

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