sexta-feira, 30 de junho de 2017

Grupos paralisam atividades e protestam contra reformas e governo Temer em Juiz de Fora

Pistas da BR-267 estão fechadas no Bairro Igrejinha. Ainda não foi divulgado o número de participantes.

Integrantes de sindicatos fecharam BR-267 no Bairro Igrejinha, em Juiz de Fora, (Foto: Laiz Perrut/Arquivo Pessoal)Integrantes de sindicatos fecharam BR-267 no Bairro Igrejinha, em Juiz de Fora, (Foto: Laiz Perrut/Arquivo Pessoal)

Integrantes de sindicatos fecharam BR-267 no Bairro Igrejinha, em Juiz de Fora, (Foto: Laiz Perrut/Arquivo Pessoal)

Manifestantes estão parados na BR-267, no Km 120, próximo ao Bairro Igrejinha, desde as 6h30 desta sexta-feira (30). A pista está totalmente fechada no trecho e o engarrafamento já chegou à BR-040. Categorias também fazem paralisação na cidade. O número de participantes do protesto e da paralisação em vários setores não foi informado até o momento.

De acordo com os organizadores, a ação conjunta do sindicato dos metalúrgicos e outras instituições na rodovia é para impedir a entrada de cerca de 700 funcionários na fábrica. Com cartazes, eles anunciam greve.

A ação faz parte do protesto nacional contra as reformas Trabalhista e da Previdência, contra a terceirização e o governo Temer. Os organizadores também defendem a realização de eleições imediatas e diretas.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou à liderança do movimento sobre o risco de acidentes no trecho onde ocorre a manifestação na BR-267.

Paralisação

O vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Juiz de Fora, Wagner França, disse que o sindicato manterá as atividades, mas que cada comerciário está liberado para apoiar.

"Não queremos prejudicar os atendimentos agendados para esta sexta-feira, portanto teremos um mínimo de equipe. Quanto aos trabalhadores, é uma questão de bom senso para não colocar o funcionário em dificuldade, em um quadro de desemprego nacional. Porque, após o ato de abril, muitas empresas cortaram o ponto de quem aderiu à paralisação. Não temos como garantir o emprego de ninguém", explicou.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu) e integrante do Fórum Sindical Popular, Amarildo Romanazzi citou os setores afetados. "A gente estima paralisação total de creche, curumins, Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps), Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), do setor de obras, de parte do administrativo e vamos respeitar o mínimo de 30% de funcionamento nas unidades de Urgência e Emergência", afirmou.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Zona da Mata e Vertentes informou que a categoria aprovou a entrada na paralisação, mas as estimativas não são de adesão maciça.

"Os relatos são de que a empresa ameaçou cortar o ponto de sexta-feira, mas também o de sábado e do domingo, como forma de intimidação covarde. É um momento importante do trabalhador manifestar as indignações contra as reformas que o governo quer implementar contra a categoria, mas a empresa está usando estes artifícios", disse o presidente do sindicato, João Ricardo Guedes.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) cita 80% de adesão não apenas em Juiz de Fora, mas também em 20 cidades da Zona da Mata. Segundo a coordenadora Victória Mello, está havendo a primeira reunião do recém-criado comitê contra as reformas no Instituto Estadual de Educação.

A coordenadora do Sindicato dos Professores Municipais e Particulares (Sinpro) e integrante do Fórum Sindical e Popular, Aparecida Oliveira, estima a participação de todas as escolas municipais e dos trabalhadores da rede privada.

"Acreditamos que a gente tem que estar nas ruas para tentar modificar esta situação. Nesta quarta (28) foi aprovada a reforma trabalhista. Queremos que movimento mostre que o povo não é bobo e está alerta, que quem votar contra nós terá o troco na próxima eleição. É uma campanha contra quem destruir os direitos da classe trabalhadora", disse.

A Associação de Docentes de Ensino Superior (Apes) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf) também estão paralisados.

De acordo com o presidente da Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), Rubens Luis Rodrigues, a adesão foi aprovada em assembleia. "A indicação é de que participem contra a reforma trabalhista previdenciária e a terceirização", comentou. A Apes representa os professores da UFJF e do Instituto Federal do Sudeste de Minas (IF Sudeste).

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf), Paulo Dimas, explicou que não funcionam as duas unidades do Restaurante Universitário (RU), laboratório, secretarias e bibliotecas e o serviço de transporte interno. Apenas serviços do Hospital Universitário (HU) não serão totalmente comprometidos.

O Sindicato dos Bancários confirmou adesão, mas não repassou informações sobre agências afetadas.

Serviço de ônibus

Ao contrário da manifestação de 28 de abril, não houve paralisação do serviço de ônibus urbanos. "A categoria apoia o movimento", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Empresas do Transporte Coletivo, Urbano, Intermunicipal, Interestadual, Fretamento e Turismo de Juiz de Fora (Sinttro), Vagner Evangelista Corrêa.

Por conta da manifestação em abril, os trabalhadores tiveram o dia descontado e o Consórcios Integrados de Transporte Coletivo (Cinturb) entraram com uma ação judicial contra o Sindicato.

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