quinta-feira, 29 de junho de 2017

MPMG e PF fazem buscas em gabinete de vereador de Divinópolis

Suspeita é de que 'César Tarzan' tenha comprado votos durante a campanha de 2016. Político não foi encontrado para comentar assunto.

Representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Polícia Federal (PF) cumpriram na tarde desta quinta-feira (29), em Divinópolis, mandado de busca no gabinete do vereador César Henrique Fernandes da Silva, conhecido como César Tarzan. A suspeita é de que o parlamentar tenha comprado votos durante a campanha de 2016, feito boca de urna e falsa prestação de contas. O vereador está em Brasília e não atendeu as ligações do G1.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Benício Cabral, a PF e o MP solicitaram medida cautelar e o juiz acatou. A medida foi devido ao fato de o vereador tentar interferir e tentar direcionar o depoimento de testemunhas do caso que está em instigação há cerca de três meses.

Ainda de acordo com o delegado, tudo começou quando uma pessoa que trabalhou na campanha de César Tarzan procurou a PF e denunciou que ele praticou atos considerados crimes pela legislação. “Ele teria feito compra de voto, boca de urna e uma prestação falsa de contas da campanha. Ele teria gasto mais do que declarou. Essas informações foram comprovadas pela testemunha”, revelou Benício.

Ainda segundo Benício, as investigações prosseguem e não pode detalhar mais sobre o caso, mas disse que o vereador pode responder por boca de urna, falsidade ideológica - pela prestação falsa de contas, e compra de votos. “O vereador já foi ouvido, mas como houve novos fatos, ele deve ser reinquirido no momento oportuno. Sobre a perda do cargo fica a decisão do juiz. Vamos entregar as provas e cabe a ele entender se as provas são suficientes ou não para a perda do mandato”, finalizou.

O procurador geral da Câmara, Bruno Cunha, informou que “a Câmara enquanto instituição deve respeito a população e, em relação às demais instituições no sentido de colaborar com toda e qualquer investigação relacionada aos seus agentes, sejam servidores ou políticos. A Câmara está sempre aberta integralmente e em tempo permanente para prestar qualquer tipo de esclarecimento”, afirmoum completando que nenhum documento ou informação foi solicitado à Câmara pela Polícia Federal.

O advogado do vereador César Tarzan, Alican Albernaz disse que ainda não tomou conhecimento dos autos e que não ia dar nenhuma declaração sobre o assunto, porém o cliente, que está em viagem a Brasília, já estava ciente. O G1 ligou para o parlamentar, mas as ligações não foram atendidas.

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