sexta-feira, 30 de junho de 2017

Problemas em condomínios do 'Minha casa, Minha vida' em Juiz de Fora são discutidos em audiência

Conselho Municipal de Habitação levantou situações dos 16 conjuntos habitacionais que abrigam cerca de 3.600 famílias.

Problemas em condomínios do 'Minha casa, Minha vida' em Juiz de Fora são discutidos

Problemas em condomínios do 'Minha casa, Minha vida' em Juiz de Fora são discutidos

Após diversas reclamações de moradores do programa "Minha casa, Minha vida" em Juiz de Fora, uma audiência pública foi realizada nesta sexta-feira (30) para discutir as condições das casas, problemas de invasão e casos de violência em busca de soluções.

A cidade tem 16 condomínios do programa que abrigam, desde 2011, cerca de 3.600 famílias. Os problemas foram levantados por um estudo do Conselhor Municipal de Habitação. "Falamos sobre a questão da individualização da água e os problemas de construção que ocorrem desde a entrega das chaves, na qual não se pode alegar mau uso. Se eles receberam já com problemas, também temos questões com a violência, tráfico de drogas e também falamos sobre os móveis vazios", pontuou a presidente do Conselho Municipal de Habitação, Letícia Zambrano.

Representante de alguns setores também estavam presentes no plenário para ouvir os moradores. Segundo uma moradora do condomínio Belo Vale do Bairro São Geraldo, Priscila Teodoro, a segurança é outro problema. "A gente abre a janela e dá de cara com o vandalismo, a violência e o tráfico, então para você criar seu filho no local é muito difícil", comentou.

O delegado Rodolpho Rolli enfatizou a questão das gangues rivais nos condomínios. "Na criação do projeto não foi feita, por parte dos setores públicos, uma otimização de colocar as pessoas que moram no bairro A no condomínio A, por exemplo, para evitar principalmente as brigas de gangue, tráfico de drogas, homicídio e roubos a mão armada que vêm aumentando e assustando a população", disse.

Os problemas também levam a conflitos entre vizinhos, pessoas que tentam resolver as questões e acabam hostilizadas e até mesmo agredidas. A ex-moradora Luciana Moreira disse que teve que deixar o condomínio onde morava após o marido ser morto com uma paulada e ela ser violentada.

"Uma vizinha havia invadido um dos apartamentos. Ela foi notificada pela administradora e achou que a culpa era do síndico, então ela juntou com outras pessoas do próprio conjunto habitacional e eles me violentaram. Eu relatei para a Caixa Econômica Federal, mas nada foi feito", contou a ex-moradora.

Para o presidente da "EmCasa", Ricardo Francisco, a insatisfação só atinge 15% dos moradores e o problema é social. "São pessoas que não têm renda para pagar um condomínio, uma prestação e acaba trazendo problema com a água do local, que se não é paga é cortada e outros problemas gerenciais da própria administração do condomínio. Precisamos buscar solução com o governo federal, que é o detentor dessas propriedades", disse.

Os moradores pediram ações concretas para solucionar os problemas. "Nós não temos rede de água direta em nossas casas, nós temos uma rede de torneira próxima à portaria, onde a gente liga as mangueiras e hidrômetro para as águas irem para a caixa, desta forma temos vazamentos contínuos a mais ou menos dois anos", relatou a moradora Priscila Teodoro.

Responsáveis se posicionaram

Sobre o vazamento citado pela moradora, a Companhia de Saniamento Municipal (Cesama) disse que ele é interno e que, por isso, é de responsabilidade do conjunto habitacional.

Segundo a EmCasa, o sorteio dos imóveis é realizado através de um cadastramento num Sistema Único. Desta forma, a União e a Prefeitura de Juiz de Fora não sabem se entre as pessoas inscritas há gangues rivais, mas por conta dos problemas relatados pelo moradores, o Conselho Municipal de Habitação propõe propondo melhorias que devem ser implatadas para os próximos residenciais.

A Polícia Militar (PM) disse que quando necessário entra nos condomínios, entretanto, a segurança privada é de responsabilidade dos moradores.

A Caixa Econômica informou que os serviços de segurança e abastecimento de água são de responsabilidade do poder público. Em relação às reclamações sobre pintura, telhado e outros, nesse caso é de responsabilidade dos moradores. Em casos de problemas na construção, o órgão que aciona a construtora responsável.

Foto: (Editoria de arte/G1)

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Foto: (Arte/G1)

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