quinta-feira, 1 de junho de 2017

Ribeirinhos pedem suspensão de hidrelétrica em Porto Grande, no AP

Documento foi protocolado nesta quinta-feira (1º) no Ministério Público Federal (MPF). Moradores dizem que prejuízos ocorrem desde funcionamento de hidrelétrica na região.

Representantes de comunidades ribeirinhas da cidade de Porto Grande, a 102 quilômetros de Macapá, protocolaram nesta quinta-feira (1º) no Ministério Público Federal (MPF) na capital, um documento pedindo a suspensão do funcionamento da hidrelétrica Cachoeira Caldeirão por não cumprir, segundo eles, com o projeto básico ambiental que deveria levar benefícios da comunidade.

O representante do Movimento dos Atingidos por Barragem do Amapá, Moroni Pascali, informou que famílias que perderam plantações, animais, móveis e tiveram a estrutura das casas comprometidas pela água. As inundações afetaram também locais às margens do rio destinados a desova de animais, como o tracajá. Pelo menos 41 locais foram atingidos com as inundações.

“Pedimos que os órgãos de fiscalização tomem providências, pois a empresa responsável pela hidrelétrica informou que um estudo de impacto foi feito na região, mas estamos suspeitando que isso não foi feito de forma correta. E essa possível falha formou um lago artificial que está prejudicando mais de 80 famílias”, ressaltou Pascali.

Além do pedido para cancelar a licença de operação, os ribeirinhos pedem punição para os licenciadores.

"Verificamos muitas pessoas que foram atingidas pelo lago da Cachoeira Caldeirão. Por isso acionamos o MPF, concernente às tracajás que não tem mais onde desovarem", adiantou Moroni.

A hidrelétrica informou que está avaliando a situação e vai se pronunciar sobre o assunto na sexta-feira (2).

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