quinta-feira, 15 de junho de 2017

Secretária de Uberaba organiza grupo solidário em rede social para arrecadar e entregar doações

Cerca de 100 padrinhos se uniram e ajudam 45 famílias carentes na cidade.

Ajudar o próximo foi a motivação que uma moradora de Uberaba encontrou para minimizar os sofrimentos com uma doença renal autoimune, que descobriu há sete anos. A mobilização foi tanta que, há mais um ano, a secretária Vanessa Cristina, de 33 anos, montou um grupo em uma rede social para organizar doações de mantimentos para quem precisa.

“Eu vou pedindo doações e as entregas são feitas na casa de uma tia e em um varejão. Durante o mês, o pessoal vai entregando e, por volta do dia 10, nos reunimos, montamos e fazemos a entrega", contou.

No início, a ideia era só para colaborar com uma família que enfrentava dificuldades, mas a arrecadação foi além da esperada e o trabalho cresceu. Primeiro foram feitas cestas básicas para três famílias. Depois o número foi subindo e hoje já são 45 famílias beneficiadas pela rede de solidariedade. Cerca de 100 pessoas contribuem de diversas maneiras, pedindo, doando ou fazendo as entregas.

A disposição de Vanessa despertou em toda a família o desejo de melhorar a vida de quem enfrenta dificuldade. A tia dela, por exemplo, ofereceu a própria casa para guardar os mantimentos.

"Chegou a um ponto que não estava tendo nem lugar mais para colocar. Mas a gente dá um jeito, fica na varanda, no quarto, na sala. Não tem problema. A satisfação é tão grande e tão boa que não tem explicação. Quando a gente entrega e volta para casa, não tem satisfação maior que ver a alegria das pessoas", comentou a babá Analice dos Santos.

Hoje o grupo não faz não só cestas de alimentos, mas também de higiene pessoal e uma infantil. A entrega é feita uma vez por mês e é o momento mais esperado por quem se empenha para arrecadar as doações e, mais ainda, pelas famílias que recebem.

"Isso me ajuda bastante, até porque tenho um filho especial e os gastos com ele são grandes. A ajuda que a Vanessa me dá é de extrema importância", afirmou a dona de casa Alessandra Souza, que tem três filhos pequenos.

"Eu não tenho como mudar o mundo, mas com a ajuda de todos, a gente pode mudar o mundo de alguém. Às vezes a pessoa acha que estamos a ajudando, mas nós que somos ajudados. É muito gratificante ver a alegria das famílias carentes ao receber as doações. São coisas mínimas que fazem o coração da gente trasbordar", destacou.

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