sábado, 29 de julho de 2017

Prefeitura de Itaúna vai contratar empresa para operar aterro sanitário após terceirizar coleta de lixo

Após terceirização da coleta de lixo, Prefeitura vai contratar empresa para manutenção do aterro sanitário (Foto: PMI/Divulgação)Após terceirização da coleta de lixo, Prefeitura vai contratar empresa para manutenção do aterro sanitário (Foto: PMI/Divulgação)

Após terceirização da coleta de lixo, Prefeitura vai contratar empresa para manutenção do aterro sanitário (Foto: PMI/Divulgação)

A Prefeitura de Itaúna vai licitar uma empresa para operação e manutenção do aterro sanitário em agosto. O valor referência é de R$ 220 mil. A administração municipal também terceirizou o serviço de coleta de lixo e contratou uma cooperativa por seis meses pagando R$ 359 mil mensais.

De acordo com a Prefeitura, novos caminhões compactadores já começaram a ser utilizados para o recolhimento dos resíduos sólidos nas áreas urbana e rural. O município resolveu terceirizar o serviço para melhorar a coleta e destinação do lixo.

O diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Samuel Nunes, informou que o município tinha um formato próprio para a coleta, mas havia falhas, problemas operacionais e administrativos.

“Os coletores, cerca de 30, foram contratados por processo seletivo que já havia sido prorrogado uma vez e não poderia ser renovado, o que obrigaria o SAAE a realizar um concurso público; os caminhões alugados estavam em condições precárias e com o contrato prestes a vencer, em outubro; as reclamações eram constantes quanto ao derramamento de chorume pelos compactadores. Agora, ao optar pela terceirização, o Município tem expectativas de garantir a eficiência e maior controle sobre a qualidade dos serviços”, analisou.

Para o diretor, a efetivação dos coletores, por meio de concurso, impactaria os cofres do Instituto Municipal de Previdência (IMP) a médio e longo prazo, visto que os índices de requerimento de aposentadoria e auxílio-doença são altos entre a categoria, devido às exigências físicas do trabalho.

Além disso, o chamamento por processo seletivo não contempla a participação de todos os interessados. “Na última seleção realizada pelo Município, 14% dos inscritos foram desclassificados por não possuírem alfabetização comprovada, o que é um critério estabelecido pelo edital”, disse.

Segundo a Prefeitura, o valor de R$ 359 mil mensais gasto com a cooperativa é superior aos gastos para manutenção dos serviços pelo município, mas, diante da impossibilidade de realizar um novo processo seletivo para contratação de servidores, o SAAE não tinha alternativa, senão terceirizar os serviços.

“O Município já estava refém de renovações de contratos de veículos coletores e da contratação de pessoal por processo seletivo, o que se tornou um vício. Se nenhuma proposta para mudar esse cenário fosse apresentada, os problemas continuariam existindo e ameaçariam a prestação de serviços”, explicou.

Para transferir a gestão do lixo à iniciativa privada, o Executivo aderiu a uma ata de registro de preços da Associação de Municípios do Rio das Velhas e contratou uma cooperativa de pessoas jurídicas por seis meses, período que terá para elaborar um edital de licitação que contemple as especificidades de Itaúna.

“Todo o processo foi apresentado ao Ministério Público. A preocupação do SAAE, enquanto contratante, também foi de visitar a cooperativa e ver se ela é estruturada e reúne as condições para a realização do trabalho que assumiu na cidade”, afirmou.

Segundo ele, os novos custos não causarão déficit, uma vez que o SAAE remanejou gastos para continuar prestando serviços que são de competência da autarquia.

Caminhões compactadores já começaram a recolher os resíduos na área urbana e rural de Itaúna (Foto: PMI/Divulgação)Caminhões compactadores já começaram a recolher os resíduos na área urbana e rural de Itaúna (Foto: PMI/Divulgação)

Caminhões compactadores já começaram a recolher os resíduos na área urbana e rural de Itaúna (Foto: PMI/Divulgação)

A Prefeitura publicou edital do processo licitatório para a contratação de empresa especializada para operação e manutenção do aterro sanitário. A medida visa atender à recomendação do Ministério Público, que, por meio da Promotoria de Meio Ambiente, cobrou providências em relação à situação do aterro sanitário.

De acordo com o chamamento público para a concorrência, a vencedora será contratada pelo período de 12 meses. A licitação, marcada inicialmente para 15 de agosto, foi adiada para o dia 17, devido ao feriado municipal de Nossa Senhora do Rosário. O valor de referência para a terceirização do serviço é de R$ 220 mil

"Temos um local onde os dejetos são simplesmente enterrados, portanto, Itaúna não cumpre até agora a legislação ambiental, no que tange ao tratamento adequado dos resíduos orgânicos. A área foi inaugurada em 2009, com previsão de vida útil de 25 anos e tem seis plataformas. Já estamos ocupando a quinta. Ao firmar contrato com uma empresa do segmento, o Município exigirá a realização das adequações que prolongarão o tempo de uso e, principalmente, evitarão danos à natureza”, explicou Samuel Nunes.

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