segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Governo do AP retoma cirurgias que estavam suspensas por falta de materiais

Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá, voltou a realizar cirurgias eletivas (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá, voltou a realizar cirurgias eletivas (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Hospital de Clínicas Alberto Lima, em Macapá, voltou a realizar cirurgias eletivas (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

As cirurgias eletivas, como as oncológicas e ortopédicas, voltaram a ser feitas no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), informou o secretário de Estado da Saúde (Sesa), Gastão Calandrini, em entrevista ao Amapá TV da Rede Amazônica, nesta segunda-feira (14). Os procedimentos foram suspensos por falta de material no início do mês.

De acordo com a Sesa, os serviços foram retomados inicialmente com intervenções de baixa complexidade. Os serviços estão sendo agendados gradativamente de acordo com a disponibilidade de materiais específicos para as cirurgias.

“Os fornecedores começaram a entregar os materiais na semana passada. Gradativamente a gente já começou a fazer as cirurgias eletivas. Nós estamos normalizando o estoque na Central de Abastecimento Farmacêutica e acreditamos que semana que vem já está tudo normalizado”, falou Calandrini.

Gastão Calandrini falou sobre gestão de recursos para arcar com custos da Saúde no Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)Gastão Calandrini falou sobre gestão de recursos para arcar com custos da Saúde no Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Gastão Calandrini falou sobre gestão de recursos para arcar com custos da Saúde no Amapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

O secretário de saúde comentou que há constantes problemas quanto ao fornecimento de materiais aos hospitais devido condicionamento de fornecedores.

“Esse é um problema que nos causa muito estresse. Alguns fornecedores condicionam a entrega dos medicamentos ao pagamento de faturas atrasadas que não receberam em anos anteriores. Essa é uma prática que estamos combatendo, já notificamos essas empresas e punindo para que não possam mais participar de nenhum certame licitatório”, afirmou o secretário.

Calandrini informou ainda que o Estado tem dificuldades em arcar com os custos da Saúde e em manter em dia o pagamento de fornecedores. Os custos com pessoal são o que mais onera a folha, segundo ele, seguido de demandas judiciais.

“Outra situação que é imprevisível e desfalca a folha são as demandas judiciais. De janeiro a agosto já usamos em torno de R$ 3,5 milhões. A demanda é crescente, a conta nunca fecha e alguém vai ficar sem receber”, disse.

Pacientes ortopédicos de muletas, com gesso e cadeira de rodas estavam à espera dos procedimentos em julho (Foto: Jéssica Alves/G1)Pacientes ortopédicos de muletas, com gesso e cadeira de rodas estavam à espera dos procedimentos em julho (Foto: Jéssica Alves/G1)

Pacientes ortopédicos de muletas, com gesso e cadeira de rodas estavam à espera dos procedimentos em julho (Foto: Jéssica Alves/G1)

Suspensão das cirurgias

No dia 3 de agosto, a Sesa confirmou que as cirurgias eletivas, principalmente as ortopédicas, foram suspensas no Hcal, o maior da rede pública do Amapá, por falta de materiais correlatos, entre eles o “fio cirúrgico”, usado em suturas. Funcionários e pacientes também falaram sobre a falta de seringas e gaze.

A secretaria acrescentou que cirurgias de emergência continuaram sendo realizadas normalmente no Alberto Lima durante esse período.

A situação das cirurgias no Hcal é alvo de reclamações recorrentes. A mesma alegação da falta de correlatos foi registrada pelo G1 em 19 de julho na unidade, onde pacientes ortopédicos de muletas, com gesso e cadeira de rodas estavam à espera dos procedimentos.

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