Abrigo Lar Bethânia atende adolescentes em vulnerabilidade social em Santana, no Amapá (Foto: Rosane Cordeiro/Arquivo Pessoal)
O Ministério Público do Amapá (MP-AP) está buscando parceiros para realizar cursos profissionalizantes gratuitos no abrigo Lar Bethânia, instituição que atende a meninas de 10 a 17 anos em situação de vulnerabilidade social em Santana, a 17 quilômetros de Macapá. O objetivo é buscar na iniciativa privada apoio para mais de 300 jovens.
A instituição passa por dificuldades financeiras desde fevereiro, com o fim do convênio firmado com a gestão anterior da prefeitura de Santana, em dezembro de 2016. A parceria garantia repasse de dinheiro para compra de alimentos e materiais de limpeza e higiene, além do pagamento de salário de 12 funcionários, entre mães sociais, motoristas, vigilante, jardineiro e pedagoga.
A atual administração municipal informou que busca acelerar o processo para firmar um novo acordo, a fim de atender à demanda do Lar Bethânia. Segundo a prefeitura, o antigo convênio continha irregularidades, o que dificulta a atualização.
De acordo com o MP, um projeto está sendo elaborado para a capacitação dos jovens, que deve ter duração de seis meses. O órgão ressalta que o Lar Betânia tem salas que poderão ser usadas para as qualificações.
"O apoio da iniciativa privada para o projeto de capacitação de jovens é essencial, pois a estrutura do Lar Betânia já está montada. O abrigo precisa de recursos ", explicou o promotor Miguel Angel.
Segundo a coordenação do Lar Betânia, após conseguir o apoio empresarial, deverão ser disponibilizados cursos em áreas que existe demanda de mercado. São eles: operador de caixa, auxiliar administrativo, recursos humanos, massoterapia, informática básica e avançada, corte e costura, manicure,cabeleireiro, música, depilação, maquiagem, panificação, confeitaria e eletricista.
"Existe carência dessas áreas e os cursos, além de profissionalizar o jovem, atenderá a uma demanda do mercado. Outro aspecto importante é que essa qualificação vai formar profissionais autônomos, criando condições de geração de renda direta, já que as empresas, diante do cenário econômico atual, não terão como absorver toda a mão-de-obra", acrescentou o promotor do MP José Barreto.
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