domingo, 27 de agosto de 2017

Parada LGBT no AP levanta debate sobre violência contra a comunidade ‘trans’

17ª Parada do Orgulho LGBT reuniu amapaenses na orla de Macapá neste domingo (27) (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)17ª Parada do Orgulho LGBT reuniu amapaenses na orla de Macapá neste domingo (27) (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

17ª Parada do Orgulho LGBT reuniu amapaenses na orla de Macapá neste domingo (27) (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Ao som de músicas animadas de divas da música pop e mesmo sob chuva no início do percurso, a 17ª Parada do Orgulho LGBT saiu pelas ruas da orla de Macapá, na tarde deste domingo (27). Com o tema sobre a transfobia, a caminhada colocou em debate a violência contra travestis, transexuais e transgêneros no Amapá.

A caminhada saiu do Araxá em direção à Praça do Coco. No fim do percurso, os participantes acompanharam uma programação cultural, com apresentações de artistas locais de diversos segmentos.

Jovens levantaram bandeira 'trans', com cores azul, rosa e branco durante a 17ª Parada LGBT (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Jovens levantaram bandeira 'trans', com cores azul, rosa e branco durante a 17ª Parada LGBT (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Jovens levantaram bandeira 'trans', com cores azul, rosa e branco durante a 17ª Parada LGBT (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

O tema do evento em 2017 foi “Eu sinto a transfobia: pelo fim da violência e por mais cidadania”. Em destaque, os participantes carregaram a bandeira trans, composta pelas cores azul, branca e rosa, para lembrar essa comunidade, além da tradicional bandeira colorida.

“Em todo o país há um elevado número de pessoas mortas pela transfobia. É necessário a gente resgatar a defesa da vida das pessoas, ir para as ruas. Também falamos aqui dos gays, lésbicas e bissexuais que também são violentados pela orientação sexual”, falou Ivon Cardoso, coordenador do evento.

Alexia Leblok durante a 17ª Parada do Orgulho LGBT em Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Alexia Leblok durante a 17ª Parada do Orgulho LGBT em Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Alexia Leblok durante a 17ª Parada do Orgulho LGBT em Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Alexia Leblok, de 36 anos, é chef de cozinha e Miss Amapá Transex 2017. A transexual se diz chocada com os índices de violência contra pessoas que assim como ela se identificam com o sexo oposto ao que nasceram.

“É muito triste ver que o Brasil é o que mais mata travestis e transexuais. As pessoas falam que exigimos demais, mas nós não morremos por assalto e sim por ser transexual, pelo preconceito. Estamos tentando mudar isso a cada dia”, falou Alexia.

Prostituta há 20 anos, Layla Diniz, de 39 anos, diz que sofre violência verbal quase todos os dias por ser travesti, principalmente no local de trabalho.

“É comum, em qualquer lugar, qualquer horário, a gente sofre violência. Eu me sinto incomodada, humilhada. Eu queria que tivesse alguma lei que protegesse as garotas de programa porque é muito perigoso quando estamos trabalhando”, destacou.

Travestis Layla Diniz (de cabelo ruivo) e Mel Santos (morena) dizem encarar violência diariamente (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Travestis Layla Diniz (de cabelo ruivo) e Mel Santos (morena) dizem encarar violência diariamente (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Travestis Layla Diniz (de cabelo ruivo) e Mel Santos (morena) dizem encarar violência diariamente (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Amiga de Layla e também prostituta, a travesti Mel Santos, de 24 anos, participou pela primeira vez de uma Parada LBGT. Para ela, a rede de acolhimento da pessoa trans após uma situação de violência precisa ser melhor estruturada na capital.

“É o primeiro ano que eu estou participando da Parada LGBT. Eu nunca fui violentada, mas minhas amigas já foram várias vezes. A gente hoje dá o nosso jeito, porque se a gente procurar a polícia não somos recebidas, não somos bem tratadas aqui em Macapá”, lembrou Mel.

A expectativa era que 30 mil pessoas participassem da 17ª Parada do Orgulho LGBT em Macapá. Nem a organização e nem a Polícia Militar fizeram estimativa de público participante.

17ª Parada do Orgulho LGBT reuniu diversos gêneros na orla de Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)17ª Parada do Orgulho LGBT reuniu diversos gêneros na orla de Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

17ª Parada do Orgulho LGBT reuniu diversos gêneros na orla de Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

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