Grupo acompanhou o cortejo fúnebre de atleta morta após acidente
Um grupo de cerca de 70 ciclistas percorreram as ruas da Zona Sul de Macapá, neste sábado (30). Mas dessa vez a atividade não foi voltada para o incentivo ao esporte, o ato fez parte de uma homenagem a atleta Ana d' Paula de Almeida Silva, de 27 anos, que morreu após ser atropelada por um carro.
Ana Paula foi atingida pelo veículo quando saía de bicicleta da Universidade Federal do Amapá (Unifap) para pedalar com um amigo, na noite quinta-feira (28), com destino ao distrito da Fazendinha. Ela bateu a cabeça e foi levada pela condutora do veículo para o Hospital de Emergência (HE), mas não resistiu e morreu na sexta-feira (29) em decorrência de traumatismo craniano.
O velório aconteceu neste sábado, em uma funerária localizada no bairro Santa Rita. Com camisas brancas pedindo paz no trânsito, integrantes da Federação Amapaense de Ciclismo (FAC) acompanharam o cortejo até o cemitério São José, no bairro Buritizal, onde a atleta foi enterrada.
Ana d' Paula praticava o esporte há 4 anos (Foto: Federação Amapaense de Ciclismo)
De acordo com o presidente da federação, Jair Borges, o ato foi uma forma de homenagear e, ao mesmo tempo, protestar. Para ele, falta mais atenção do poder público em relação aos direitos dos ciclistas e também consciência dos condutores de veículos.
“O que a gente quer chamar a atenção é que todos têm um papel para cumprir no trânsito […]. Geralmente nosso trânsito não é cidadão, nem educado. Constantemente fazemos pedais na Rodovia JK, onde a Ana sofreu o acidente, já fizemos movimentos pedindo ciclovias e nada disso ainda aconteceu”, disse emocionado.
Ciclistas prestaram homenagem em despedida do corpo da vítima (Foto: Jorge Abreu/G1)
Borges destaca que Ana d’ Paula era apaixonada por ciclismo, no qual praticava há mais de 4 anos. Ele reforça que a vítima estava com todos os equipamentos de segurança necessários para um passeio noturno de bicicleta, a exemplo de sinalizador, capacete e proteção para os braços e pernas.
“Infelizmente, mais um ciclista morreu por conta dessa falta de ação do poder público e educação do condutor e de todo mundo que faz parte do trânsito. Primeiramente, esse ato nosso é uma homenagem, mas também não deixa de ser protesto”, finalizou.
Familiares e integrantes da federação participaram do velório e enterro de atleta (Foto: Jorge Abreu/G1)
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