terça-feira, 31 de outubro de 2017

Diretores apresentam situação do Hospital Dr. Hélio Angotti durante sessão na Câmara de Uberaba

Diretoria da ACCBC apresentou atual situação do hospital em reunião ordinária na Câmara (Foto: Rodrigo Garcia/CMU )Diretoria da ACCBC apresentou atual situação do hospital em reunião ordinária na Câmara (Foto: Rodrigo Garcia/CMU )

Diretoria da ACCBC apresentou atual situação do hospital em reunião ordinária na Câmara (Foto: Rodrigo Garcia/CMU )

A atual situação do Hospital Dr. Hélio Angotti, em Uberaba, e um plano de reestruturação para a instituição filantrópica, que é referência em oncologia Uberaba região, foram os assuntos apresentados pelos diretores da Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central (ACCBC) durante sessão na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (30).

Além do presidente da ACCBC, o médico oncologista Délcio Scandiuzzi, também representaram o hospital o diretor superintendente, médico e gestor hospitalar Felipe Toledo Rocha, e o diretor executivo, administrador Michel Eduardo da Silva.

Entre os dados apresentados estão os custos da instituição com o quadro de funcionários, da ordem de R$ 1,3 milhão, além de cerca de R$ 1 milhão com a compra de medicamentos e materiais hospitalares. Entre tributos e empréstimos, são desembolsados pela ACCBC valores superiores a R$ 900 mil mensais. Ao todo, cerca de R$ 4,3 milhões são gastos para manter o hospital em funcionamento que, atualmente, tem em torno de 4.500 pacientes registrados para tratamento.

Segundo Felipe Rocha, a ACCBC enfrenta uma dívida de R$ 62 milhões com fornecedores, médicos, bancos e tributos. O déficit operacional é da ordem de R$ 850 mil por mês. “Para a instituição, que fatura R$ 3,5 milhões, a situação não é nada confortável Por isso, a ACCBC precisa de doações e do trabalho junto ao terceiro setor para conseguir enfrentar esse déficit”, ressaltou Felipe.

Plano prevê criação de rede de hospitais no Triângulo

Durante a sessão, os diretores do Hospital Dr. Hélio Angotti também responderam questionamentos levantados pelos parlamentares. O vereador Rubério Santos, indagou qual seria a melhor saída para a instituição.

Conforme Felipe Rocha, a proposta de reestruturação prevê a criação de uma rede de hospitais para tratamento oncológico no Triângulo Mineiro, com unidades em cidades pólo, entre elas Iturama e Araxá.

Os executivos preveem que a ACCBC, hoje transformada em Organização Social (OS), vai crescer como prestadora de serviços na área de saúde para a região, otimizando seu parque tecnológico, além do atendimento oncológico. “O Hélio Angotti foi feito para o Triângulo Sul, Triângulo Norte e Noroeste de Minas”, acrescentou o superitendente.

Na sessão, Felipe Rocha também citou a restrição do atendimento no Hélio Angotti à divisão do SUS denominada Região Macro Triângulo Sul, hoje determinada pelo Estado. Atualmente, municípios da Região Macro Triângulo Norte, como Nova Ponte, não podem receber o atendimento do Hélio Angotti por esta determinação do SUS. Além disso, 75% dos pacientes do Pontal do Triângulo (de cidades como Iturama, por exemplo) se deslocam para o Hospital de Câncer de Barretos.

Segundo direção, déficit operacional do hospital gira em torno de R$ 850 mil por mês (Foto: Rodrigo Garcia/CMU )Segundo direção, déficit operacional do hospital gira em torno de R$ 850 mil por mês (Foto: Rodrigo Garcia/CMU )

Segundo direção, déficit operacional do hospital gira em torno de R$ 850 mil por mês (Foto: Rodrigo Garcia/CMU )

Apoio à reestruturação

O diretor da ACCBC chamou a atenção e pediu o apoio da Câmara para a oportunidade por meio da lei que cria o Programa de Financiamento Preferencial às Instituições Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos, o Pró-Santas Casas, que vai disponibilizar R$ 10 bilhões às instituições filantrópicas ligadas ao SUS, em linha de financiamento.

“Serão liberados R$ 2 bilhões por ano nos próximos cinco anos, permitindo o refinanciamento de dívidas em melhores condições, com juros de 1,75% ao ano, com carência de dois anos e quinze anos para pagar. Isso vai nos permitir reestruturar o capital. O peso da articulação política conta muito para que a instituição consiga a liberação dos recursos do Pró-Santas Casas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Soci (BNDES) e à Caixa Federal. Por isso precisamos do apoio desta Casa e do Poder Executivo”, ressaltou Rocha.

Os diretores disseram que vão informar, posteriormente, entre outros questionamentos, quais são os valores e os responsáveis pela destinação de recursos para o Hélio Angotti, por meio de emendas parlamentares.

Hospital é referência no tratamento de câncer em Uberaba e região (Foto: Reprodução/ TV Integração)Hospital é referência no tratamento de câncer em Uberaba e região (Foto: Reprodução/ TV Integração)

Hospital é referência no tratamento de câncer em Uberaba e região (Foto: Reprodução/ TV Integração)

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