Confecção de biojoias está entre os cursos oferecidos pelo Centro Franco Amapaense em Macapá (Foto: Rita Torrinha/G1)
Em Macapá, cursos gratuitos de artesanato dão novo sentido de vida para idosos, desempregados, aposentados, ou mesmo para quem já tem uma profissão, mas quer incrementar a renda familiar. As cinco atividades manuais oferecidas no Centro Cultural Franco Amapaense, no Centro da capital, envolvem mais de 150 alunos. O calendário deste ano encerrou, mas novas inscrições serão abertas em janeiro de 2018.
São nove turmas e cinco professores que administram aulas de pintura e estampador em tecido, customização, artes em feltro e biojoia.
O período de inscrição ainda será divugado pelo Franco Amapaense, que fica localizado na Avenida General Gurjão, nº 32, no Centro. Os documentos exigidos são o comprovante de residência, carteira de identidade ou registro de nascimento e uma foto. São 20 vagas para cada curso, que ocorrem no período de seis meses.
A turma do segundo semestre encerrou as atividades na quinta-feira (14) com exposição e venda das peças que foram confeccionadas ao longo das aulas. Dos mais de 150 alunos da instituição, o professor Nilo Ferreira, de 58 anos, é o único homem entre as mulheres. Ele costura desde a juventude e o passatempo virou profissão também.
Professor Nilo Ferreira é professor e artesão (Foto: Rita Torrinha/G1)
“Eu costuro desde os 18 anos e fui aprendendo novas coisas ao ongo da vida. Também bordo, pinto e faço crochê. O artesanato começou como terapia, principalmente na velhice, mas hoje é uma renda extra. Busco informações para ampliar meu conhecimento”, falou.
A professora do curso de estampador em tecido, Joema Duarte, contou que o Centro atende pessoas desempregadas, de baixa renda, aposentados, jovens que buscam uma renda extra para pagar escola ou faculdade e também aqueles que veem o artesanato como forma de terapia.
“As vezes as pessoas buscam se refugiar de alguma tristeza com o artesanato, mas depois que descobrem o potencial desse ramo e passam a pegar gosto pelas peças que criam, acabam modificando a própria qualidade de vida, após verem o resultado das vendas”, destaca Duarte.
Lucivalda Miranda entrou no curso sem saber nada e agora mostra a guirlanda que aprendeu a fazer (Foto: Rita Torrinha/G1)
A dona de casa Lucivalda Miranda, de 60 anos, é uma que decidiu sacudir a rotina. “Eu não sabia fazer nada e aprendi tudo aqui. Agora estou entusiasmada, quero me aprimorar, ter mais conhecimento para eu fazer mais coisas e com mais qualidade. Já vendi até umas pecinhas”, falou satisfeita, mostrando a guirlanda de Natal que preparou no curso.
Por sua vez, a artesã Ângela Vasconcelos tem experiência de mais de 20 anos no setor. Ela sobrevive exclusivamente da venda do que confecciona, mas agora resolveu aprender a manusear novas matérias-primas e ferramentas.
“Eu sempre trabalhei com crochê e ponto cruz. Faço todo tipo de material que o cliente pedir, mas só isso já não estava dando. Com a venda das toalhas, conjuntos, guardanapos, consigo fechar o mês com uns R$ 600. Agora aprendi a fazer biojoias e estou encanada com as técnicas. Acho que minhas peças estão lindas e tenho certeza que, com elas, vou conseguir duplicar ou triplicar minha renda”, disse confiante.
Ângela Vasconcelos aprendeu a confeccionar biojoias para aumentar a renda (Foto: Rita Torrinha/G1)
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