Quando viu que a filha de 2 anos havia se afogado, Patrícia Regina Chagas Gouveia só conseguiu pegar Manoela no colo e sair pedindo socorro pela rua do Bairro Chapadão, em Pitangui. Ela não respirava. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) constatou que a criança estava com uma parada cardiorrespiratória.
"Foi um milagre. Minha filha nasceu de novo e eu também. Entreguei ela para a enfermeira do SAMU e, quando vi ela deitando minha filha no chão, só pensava que ela tinha morrido", desabafou a mãe sobre o momento que a filha reagiu às manobras de ressuscitação.
O acidente aconteceu na noite de quinta-feira (28), enquanto Manoela brincava em casa junto com outras duas crianças. Patrícia não sabe como a filha foi parar na piscina. O local é isolado do resto do imóvel por um portão, que costuma ficar fechado. Mas, agora, ela só consegue pensar na gratidão que sente ao ver que a pequenina se recupera bem.
Após ser socorrida pelo Samu, a criança foi transferida para o Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte (BH), onde permanecia em observação nesta sexta-feira (29). A previsão de alta é para este sábado (30).
Salvamento
Ainda bastante emocionada, a mãe da pequena chorou ao relembrar e contar à reportagem do G1 sobre a situação vivenciada com a filha.
"Estava dando banho na minha outra filha [de dois meses]. Terminei e desci para o primeiro andar para colocar roupa nela. Daí minha sobrinha, que estava lá em cima, me gritou dizendo que ela [a criança de 2 anos] estava se afogando", recordou Patrícia.
De acordo com ela, a filha estava desacordada na piscina, com o rosto roxo e a língua para fora da boca.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), localizado próximo à casa, atendeu ao pedido de ajuda e prestou os primeiros socorros à menina.
"Qualquer segundo faria toda diferença para salvar a vida dela. Imediatamente pedi ajuda ao meu companheiro de trabalho, Joaquim Dirceu, e, juntos, fizemos o atendimento", relata a técnica de enfermagem do Samu, Josiane Lemos.
Foi Josiane quem iniciou o trabalho de salvamento. Segundo ela, foram feitas cerca de 60 compressões torácicas até que a menina colocou pra fora a água que havia engolido.
Quando a criança reagiu às manobras de ressuscitação, Patrícia diz que passou do susto ao alívio.
"Foi a pior sensação do mundo. Eu realmente achei que iria perdê-la. Foi Deus e a enfermeira que me trouxeram ela de volta. Eu só sabia gritar neste momento."
O episódio, de acordo com a técnica de enfermagem, a marcou profissional e emocionalmente.
"Depois que ela voltou, eu chorei junto da mãe. Naquele momento, principalmente Deus estava com a gente. Já participei de outros salvamentos desse porte e não obtivemos sucesso. Então ela ter voltado, com certeza, será um dia que ficará marcado na minha vida", afirmou Josiane.
Para Patrícia, a família ainda vai demorar para esquecer o susto, mas o fim de ano vai ser lembrado pelo final feliz dessa história. "Não tenho nem palavras para agradecer. Me devolveram minha filha. Sozinha eu não ia conseguir."
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