domingo, 10 de dezembro de 2017

Sem dinheiro e debilitado, garçom vive há dois meses no Aeroporto de Fortaleza

O garçom cearense mora em Brasília. Decidiu vir para o Ceará para fazer uma cirurgia. Foi assaltado e está sem dinheiro. (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)O garçom cearense mora em Brasília. Decidiu vir para o Ceará para fazer uma cirurgia. Foi assaltado e está sem dinheiro. (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)

O garçom cearense mora em Brasília. Decidiu vir para o Ceará para fazer uma cirurgia. Foi assaltado e está sem dinheiro. (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)

O Aeroporto Internacional de Fortaleza virou moradia para o garçom desempregado José Irismar Gomes, de 46 anos. Há quase dois meses, ele vive no saguão por onde centenas de passageiros passam todos os dias. Segundo Irismar, ele está perdendo a visão de um olho e tem uma hemorragia gastrointestinal.

"São 50 dias ou 53 dias vivendo dessa forma. Neste mesmo canto. Todos os dias. Quando sinto fome, desço e peço comida para alguém e sempre eles não dão. Só como o que sobra sobre as mesas. Tenho que obedecer às normas da Infraero", diz.

Irismar é natural de Ipueiras, no Norte do Ceará. Ele conta que foi para Brasília com a família e teve de voltar para o Ceará para tratar de um problema no olho. Na viagem, de acordo com o garçom, o ônibus em que estava foi assaltado.

Sem dinheiro ele está "se virando" para sobreviver. "Minha família é de baixa renda. Família humilde. Não condições de me ajudar para voltar. Tenho que me virar como posso."

O garçom dorme no chão e usa um lençol, uma toalha e algumas roupas doadas. Na pele, ele carrega o nome da filha, de 19 anos. E quer passar o Natal com ela.

“Queria muito passar o Natal em casa. Espero solidariedade do povo cearense. Preciso dessa operação do olho esquerdo e a endoscopia”.

Quadro clínico não é grave

Garçom desempregado mora há dois meses no aeroporto de Fortaleza

Garçom desempregado mora há dois meses no aeroporto de Fortaleza

A Secretaria da Saúde do Estado informou que Irismar chegou à emergência do Hospital Geral de Fortaleza em 28 de novembro de 2017. Ele foi acolhido pela equipe de enfermagem e, conforme atendimento por meio da classificação de risco, a avaliação do quadro clínico dele apresentava-se de acordo com os critérios da cor amarela, ou seja, não se trata de um caso grave.

A orientação da secretaria é que Irismar procure a emergência de qualquer hospital, de preferência no que foi encaminhado pelo posto.

Em relação ao problema no olho, ele pode ser atendido no novo centro de atenção ao diabético e hipertenso, inaugurado na sexta-feira (8) na Praia do Futuro, dentro do Posto Frei Tito. Para isso ele vai precisar de um novo encaminhamento do posto onde foi atendido no Bairro Mucuripe.

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