
Governador do Amapá avalia gestão do ano de 2017
Em entrevista ao Jornal do Amapá – 1ª edição desta terça-feira (2), o governador do estado, Waldez Góes (PDT), avaliou a gestão feita no estado ao longo do ano de 2017. Ele falou sobre as promessas que foram ou não cumpridas, as medidas adotadas para melhorar a assistência à saúde, mobilidade urbana, segurança pública e economia no terceiro ano de mandato como chefe de Estado.
De acordo com levantamento feito pelo G1, das 34 promessas específicas de campanha feitas em um programa de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em entrevistas e debates, 11 foram cumpridas, 10 em parte e 13 ainda não foram cumpridas.
Entre as iniciativas feitas em 2017 no Amapá, o governador destacou a realização de concursos públicos para a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica (Politec); a regularização da Zona Franca Verde; e o asfaltamento de cidades como Macapá, Santana, Mazagão e Laranjal do Jari.
“Considerando os 3 anos de desafios que foi a crise, nós avançamos bastante. Temos um hall de iniciativas que já fazem parte dessas promessas cumpridas”, disse Góes.
Ao longo de 2017, houve a divulgação de dados preocupantes sobre a violência no Amapá, entre eles a taxa de mortalidade infantil e a taxa de letalidade policial. Diante disso, o governador afirmou que é um conjunto de medidas que podem reduzir essas taxas. Ele citou os concursos públicos, a modernização da comunicação entre as polícias e a prevenção de violência nas escolas.
“Na área de defesa social e segurança pública, há investimento em recursos humanos; (...) têm que investir em tecnologia (…) e em políticas de prevenção. Essas medidas de alternativa de ocupação para a juventude e de trabalho que una todos os atores da educação no espaço escolar para discutir a prática restaurativa daquele ambiente é fundamental”, comentou o governador.
Uma das promessas cumpridas foi a criação de unidades para agilizar o abastecimento de medicamentos, porém houve muita reclamação sobre a falta de remédios na rede pública no ano passado. Góes destacou que uma das deficiências são a desatualização da tabela de procedimentos, medicamentos e materiais do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A tabela que o SUS paga é de 2002, está desatualizada há 15 anos. No final do mês, todo o dinheiro que a gente arrecada, paga salário do servidor e tem que esperar o outro pagamento”, lembrou.
O governador falou ainda que unidades de saúde, entre elas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul e a Maternidade de Risco Habitual, na Zona Norte, previstas para serem entregues ainda no primeiro semestre de 2018, é uma alternativa para desafogar as unidades já existentes e, assim, poder realizar obras.
“As obras a serem inauguradas vão nos permitir também atuar nas unidades mais antigas. Hoje tem recursos para investir no Hospital de Emergência, na Maternidade Mãe Luzia e em outras unidades, que a gente não consegue fazer obra com superlotação dentro dessas unidades. Há também de lembrar que, mesmo tendo feito campanhas de esclarecimento de onde buscar o serviço, 85% dos que ainda vão no HE são serviços que poderiam ser resolvidos na UBS. Então a nossa cultura também precisa muito ser trabalhada nesse sentido”, ressaltou.
Com relação às constantes reclamações de falta de merenda nas escolas públicas, o governador reforçou que, em cumprimento ao Código de Processo Civil, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela liberação de recursos bloqueados pela Justiça do Trabalho para pagamento de dívidas trabalhistas, e os valores devem ser devolvidos, evitando, assim, esse tipo de situação.
“Essa lei não era respeitada. Eu tentei negociar de todas as formas com a Justiça do Trabalho, não tivemos êxito, questionei ao Supremo, que mandou suspender os bloqueios. A partir de 2018 não sofreremos mais isso. Portanto, os recursos destinados a 100% das escolas públicas do estado para merenda escolar serão garantidos”, citou Góes.
As obras de mobilidade urbana também foram destacadas pelo governador durante a entrevista. Entre elas, a entrega da ponte sobre o rio Matapi, pavimentação de estradas nos municípios e a intervenção na construção da ponte sobre o rio Jari, que é de responsabilidade do município de Laranjal do Jari.
Perguntado se acredita que exista alguma promessa que não poderá ser cumprida, o governador do Amapá afirmou que isso pode acontecer.
“É possível. Vamos esperar. Eu acho que o ano de 2018 traz ares melhores na economia, na arrecadação, na geração de oportunidades, em postos de trabalho. Nós conseguimos nestes anos melhorar as condições fiscais do estado. Para mim já foi um desafio, em época de crise, cumprir 11 e mais 10 em parte, de 34 promessas que a gente se comprometeu com o povo”, finalizou Waldez Góes.
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