Desde o começo do ano, a Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu) está impedida de atender crianças e adolescentes porque ainda não passou por melhorias pedidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo a instituição, o problema não foi resolvido devido à falta de recursos.
Em nota, o MPMG esclareceu que o alvará de funcionamento para atendimento de crianças e adolescentes será renovado depois dos ajustes indicados pelos bombeiros e que a solicitação de adequação foi feita em 2014.
"O projeto está pronto, mas temos que colocá-lo em prática. Muitas mães e responsáveis ligam para mim reclamando que os meninos não estão indo à Adefu, mas isso é chato porque a gente está tentando fazer o máximo possível para fazer as obras, mas não temos dinheiro", alegou o presidente da instituição, Renato Delfino.
Conforme o projeto interligado do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária, a Adefu precisa cumprir 17 obrigações para não ser interditada. A mais urgente é a instalação de todo o sistema de incêndio, já que no prédio, de 1.600 m², tem apenas um extintor.
"O MPMG fez uma autuação para a instituição não atender crianças e adolescentes até que a gente faça as adequações necessárias pelo projeto do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, que é interligado. Então, enquanto não tivermos o alvará do Corpo de Bombeiros, a gente não consegue o alvará pleno de Vigilância Sanitária", explicou Janaína Pessato, coordenadora geral.
A Adefu atende 120 pessoas, sendo 102 adultos e 18 entre crianças e adolescentes, que estão sem fazer os acompanhamentos de fisioterapia, psicologia, esportiva e atendimento escolar especializado. "Somos uma equipe e para isso precisamos de todos. Um, dois ou três que faltarem, faz bastante falta para a gente", comentou Luiz Fernando Toledo, professor de bocha.
Segundo a coordenadora, várias ações estão sendo planejadas pra mobilizar a população a ajudar a Adefu.
"Estamos lançando a campanha 'Ajude a Adefu' e terá várias ações. Uma delas vai ocorrer no dia 11 de março, no Parque das Acácias (Piscinão): um grupo de corredores se uniu com a gente e vão fazer uma corrida e uma caminhada solidária. Para participar, a gente pede R$ 20 na inscrição, que vai ser revertida para a instituição", contou Janaína.
A dona de casa Rosângela Alves é tia de Luiz Henrique, que sofreu paralisia infantil e é campeão de bocha. Segundo ela, o sobrinho está triste por ter sido afastado do convívio com os amigos da Adefu.
"Ele ficou mais estressado e sentiu bastante não poder ir para a Adefu. Espero que isto se resolva logo para ele voltar e fazer o esporte que ele tanto gosta", revelou Rosângela.
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