Lixeira viciada em via de Macapá é formada pelos próprios moradores (Foto: Rita Torrinha/G1)
O cruzamento da Rua Setentrional com a Avenida Nove, no bairro Araxá, Zona Sul de Macapá, é alvo de reclamações de moradores, que dizem conviver com lama, poças d’água, lixo e esgoto a céu aberto. A prefeitura informou que existe uma lixeira viciada no local que foi limpa no começo de fevereiro, mas que serviços de melhorias na via não estão previstos.
A situação da lixeira viciada que se formou ao longo do tempo é o que mais incomoda, segundo Jaci Farias, de 55 anos, morador há mais de 25 anos no bairro. Ele conta que os próprios moradores jogam lixo na esquina e, mesmo quando a área é totalmente limpa, a sujeira volta a ser depositada no local. A coleta pelo carro do lixo ocorre normalmente e ele teme que esse seja um problema sem solução.
“A lixeira não tem jeito, o carro do lixo acaba de limpar e no mesmo dia o povo joga mais entulho. Limpa de manhã, à tarde já tá sujo”, reclamou.
Jaci é dono de uma batedeira de açaí e vende churrasquinho. Como o lixo acumulado atrai urubus, porque também são jogadas carcaças de animais, ele diz que já pagou com o próprio dinheiro para fazer a limpeza, mas não resolve.
A Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (Semur) informou que o local foi limpo no começo de fevereiro, mas será incluída na programação de limpeza da primeira quinzena de março, novamente. O órgão tem um telefone para denúncias, 99147-1050, e diz que, se pego em flagrante, o sujão pode pagar multa.
Moradores reclamam do estado da Rua Setentrional, no bairro Araxá, em Macapá (Foto: Rita Torrinha/G1 )
Na mesma via, a lama também é alvo de reclamações. O problema se agrava com o mal cheiro e a poluição dos esgotos a céu aberto. Lúcia Almeida, de 34 anos, é proprietária de um pequeno estabelecimento comercial e diz que as vendas ficam prejudicadas com a situação de abandono da via.
“Jogaram aterro uma vez, que logo deu problema. Essa água empoçada é da chuva, com o tráfego de veículos a situação piora. Sem falar que essa região não tem infraestrutura para receber o esgoto. Vai tudo pra rua e para o rio e quando chove alaga tudo. A água vem até a altura da calçada do comércio. É um problema sério, o fedor é muito forte e os clientes acabam muitas vezes comprando em outro lugar”, falou.
Em dias de forte chuva o esgoto invade a via e o fedor infesta a região, diz moradora (Foto: Rita Torrinha/G1)
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