Aeronave do presidente pousou na base área às 10h46 (hora local) e ele seguiu para reunião com autoridades locais (Foto: Arquivo pessoal)
O presidente Michel Temer chegou nesta segunda-feira (12) a Boa Vista para participar de uma reunião sobre a intensa imigração venezuelana para Roraima. Ele está acompanhado dos ministros Raul Jungman (Defesa), Torquarto Jardim (Justiça), Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência), e o general Sergio Etchegoyen (GSI).
A aeronave do presidente pousou na base aérea da cidade às 10h46 (hora local). Na agenda oficial só consta uma reunião, às 11h, com a governadora Suely Campos (PP) na sede do Executivo estadual, o Palácio Senador Hélio Campos, no Centro da cidade. Depois da reunião, ele retornará ao Rio de Janeiro.
Após pouso, comitiva seguiu para reunião na sede do Executivo estadual (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Roraima)
Também devem participar da reunião com o presidente a prefeita Teresa Surita (PMDB), o senador Romero Jucá (PMDB), Juliano Torquato (PRB), prefeito de Pacaraima - cidade na fronteira -, deputados e demais autoridades locais. A previsão é que o encontro dure 1h30.
A crise migratória venezuelana é a principal pauta da reunião. A prefeitura de Boa Vista estima que já tenham 40 mil venezuelanos vivendo na capital.
Os imigrantes fogem da fome, falta de emprego, hiperinflação e da instabilidade política no país governado por Nicolás Maduro. Três dos quatro abrigos do estado estão lotados, há milhares de venezuelanos em situação de rua e muitos dividindo casas alugadas.
Na última semana, duas dessas residências ocupadas por venezuelanas foram incendiadas. Cinco pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de 3 anos. No domingo (11), um homem - o guianense Gordon Fowler, de 42 anos - foi preso em flagrante suspeito dos ataques. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e ele foi mandado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
Comitiva de ministros visitou Roraima no último dia 8 (Foto: Inaê Brandão/G1 RR/Arquivo)
No último dia 8, os ministros Torquato Jardim, Raul Jungman e Sergio Etchegoyen estiveram no estado para buscar soluções para enfrentar a imigração. Eles também se reuniram com a governadora Suely Campos.
Em uma visita à praça Simón Bolivar, que está ocupada por mais de 300 venezuelanos recém-chegados a Roraima, o ministro da Defesa disse que a situação é preocupante: 'choca muito'.
Durante a visita dos ministros, foi apresentado um plano para lidar com a intensa imigração. As medidas apontadadas foram: reforço na segurança da fronteira, projeto piloto para absorver a mão-de-obra venezuelana, revalidação de diplomas para professores e médicos venezuelanos e censo de venezuelanos que estão no Brasil.
No encontro, a governadora entregou um documento com 11 medidas para minimizar o impacto causado pelo crescente número de imigrantes venezuelanos em Roraima.
Entre as propostas estão o aumento de efetivo da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal além da atuação do Exército Brasileiro no policiamento ostensivo em Pacaraima, cidade que faz fronteira com a Venezuela.
Além disso, foram propostas ações mais rigorosas de controle de entrada de pessoas pela fronteira, e a doação de veículos e equipamentos para aprimorar o trabalho das forças de segurança de Roraima.
Imigração em massa
Roraima lida desde 2015 com a chegada desenfreada de venezuelanos, cujo êxodo é motivado pela crise política, econômica e social do país. Em 2017, foram registrados 17.130 pedidos de refúgio pela Polícia Federal.
Na praça Simón Bolívar, em Boa Vista, centenas de imigrantes recém chegados ao estado estão abrigados (Foto: Inaê Brandão/G1 RR/Arquivo)
De acordo com dados da prefeitura de Boa Vista, 40 mil venezuelanos vivem hoje na cidade, o que representa mais de 10% dos 330 mil habitantes da capital. Com isso, autoridades do estado cobram ações e recursos do governo federal para administrar a chegada dos venezuelanos.
Estado e município cobram apoio do governo federal e querem um plano para interiorizar os imigrantes, ou seja, levá-los a outras cidades ou estados com maior oferta de trabalho já que no estado prevalece o funcionalismo público.
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