quinta-feira, 1 de março de 2018

Quatro comunidades ameaçadas por erosões poderão ser remanejadas no Bailique

Terras Caídas afetam comunidades do arquipélago do Bailique, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Terras Caídas afetam comunidades do arquipélago do Bailique, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)

Terras Caídas afetam comunidades do arquipélago do Bailique, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)

Vila Progresso, Macedônia, Igarapé Grande do Curuá e Itamatatuba são as comunidades mais afetadas pelo fenômeno “terras caídas” que já destruiu parte da costa do arquipélago do Bailique, a 180 quilômetros de Macapá. As casas das localidades poderão ser remanejadas para outro local mais seguro, distante das margens do rio Amazonas.

A proposta é da Defesa Civil e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), que elaboraram um estudo de modelagem preditiva, com apoio de autarquias e secretarias estaduais.

Segundo o levantamento, 168 edificações, entre familiares, instituições públicas e privadas foram afetadas pelas erosões registradas desde 2015. Além do Bailique, outra localidade atingida pelo fenômeno natural foi o município de Itaubal, a 110 quilômetros da capital.

Para o comandante da Defesa Civil Estadual, coronel Wagner Coelho, os riscos para os moradores são grandes. Ele destaca que o governo decretou situação de emergência para que as primeiras medidas sejam tomadas antes de novos episódios.

“No início do ano, a gente foi em três vilas do distrito do Bailique e foi levantando situações de riscos e também Itaubal. Então, são dois municípios afetados pelas erosões e isso proporcionou legalmente para que o estado decretasse situação de emergência”, explicou o militar.

Pesquisador Patrick Cantuária e o comandante da Defesa Civil Estadual, Wagner Coelho (Foto: Jorge Abreu/G1)Pesquisador Patrick Cantuária e o comandante da Defesa Civil Estadual, Wagner Coelho (Foto: Jorge Abreu/G1)

Pesquisador Patrick Cantuária e o comandante da Defesa Civil Estadual, Wagner Coelho (Foto: Jorge Abreu/G1)

As medidas emergenciais serão apresentadas para os moradores no dia 10 de março, na Vila Progresso, que é a sede distrital do Bailique. O processo também passará pela avaliação de órgãos federais devido parte do arquipélago possuir registro de reserva ambiental.

De acordo com o pesquisador do Iepa, Patrick Cantuária, o estudo produzido sobre o fenômeno “terras caídas” possibilita o governo adiantar ações com objetivo de causar menos transtornos. O relatório conta com resultados de medições de erosão e deposição.

A pesquisa reúne informações levantadas em 21 comunidades do Bailique. As famílias e empreendedores que tiveram imóveis destruídos pelas erosões poderão ser incluídas em programa que vai liberar lotes para novas construções.

“Frente as taxas de erosões que foram ordenadas e o processo de modelagem que justamente foi feita para o estado se antever, então as comunidades que ficam mais próximas da área afetada pelo fenômeno terão respostas imediatas”, finalizou Cantuária.

Fenômeno natural já destruiu parte da costa do Bailique (Foto: John Pacheco/G1)Fenômeno natural já destruiu parte da costa do Bailique (Foto: John Pacheco/G1)

Fenômeno natural já destruiu parte da costa do Bailique (Foto: John Pacheco/G1)

Moradores do arquipélago serão informados sobre as medidas emergenciais (Foto: John Pacheco/G1)Moradores do arquipélago serão informados sobre as medidas emergenciais (Foto: John Pacheco/G1)

Moradores do arquipélago serão informados sobre as medidas emergenciais (Foto: John Pacheco/G1)

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