sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

PM registra confusão em clínica de recuperação em Patrocínio

A Polícia Militar (PM) de Patrocínio, no Alto Paranaíba, foi chamada na tarde desta quinta-feira (29) devido a uma confusão ocorrida na Comunidade Terapêutica do Triângulo, clínica de recuperação para dependentes químicos no Bairro das Acácias. Segundo a polícia, internos danificaram o prédio e vários objetos do local alegando maus-tratos e cárcere privado.

Ainda conforme a ocorrência, a Vigilância Sanitária interditou a clínica depois de averiguar a situação e recolher alimentos. Contudo, o G1 não conseguiu confirmar a informação, pois o órgão não tem expediente nesta sexta-feira (30). A reportagem também ligou para um dos telefones divulgados na página da clínica nas redes sociais. O responsável não quis dizer o nome dele e ressaltou que não falaria sobre o assunto.

Ainda segundo a PM, no momento em que os militares chegaram à clínica, alguns internos estavam tentando fugir. Eles quebraram objetos como sofás, camas, televisões, janelas e armários, danificaram também algumas grades de janela, jogando toda a documentação do escritório no chão.

O delegado de plantão da Polícia Civil, Agenor Lázaro Soares, afirmou que o fato ainda não foi informado à delegacia para ser investigado.

Clínica Coromandel
Situação parecida foi registrada recentemente em Coromandel onde a  Polícia Civil irá instaurar inquérito para apurar denúncias de cárcere, torturas físicas e psicológicas ocorridas na Comunidade Terapêutica do Alto Paranaíba (Cetap) contra os internos da instituição. Nesta semana, 12 funcionários e proprietários do local foram conduzidos à delegacia depois que dois pacientes conseguiram fugir e denunciar a situação.

De acordo com as informações da Polícia Militar (PM), o registro foi iniciado depois que dois internos conseguiram fugir do local e foram até uma chácara da região pedindo para que os moradores acionassem a polícia, pois estavam sendo torturados frequentemente e mantidos em cárcere privado pelos funcionários da instituição.

Em relato aos policiais, os internos contaram que conseguiram fugir junto a outros pacientes, mas que ao serem vistos, os funcionários entraram em luta corporal com os internos, desferindo socos, chutes, e alguns ainda foram arrastados pelo chão. Apenas dois conseguiram fugir.

Ainda conforme a polícia, as torturas físicas e psicológicas eram realizadas em ocasiões em que os internos não seguiam à risca as regras do local. Os nove funcionários e três proprietários assinaram um termo de comparecimento na delegacia para serem intimados durante as investigações.

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