A transferência de 240 presos nesta segunda-feira (16) da nova Penitenciária de Segurança Máxima (PSM), em Maceió, para o presídio do Agreste, no município de Girau do Ponciano, é para mantê-los em uma unidade com mecanismos de segurança mais eficientes, que ajudem a evitar motins. A informação é da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).
Os detentos transferidos cumpriam pena no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, de onde foram levados no domingo (15) temporariamente para a nova PSM, construída recentemente, mas que ainda não havia sido inaugurada.
A remoção, segundo a Seris, é uma medida para evitar conflitos como os que estão acontecendo em outros estados. A secretaria não informou qual o critério de escolha dos presos transferidos.
Durante toda a manhã, dezenas de pessoas aguardam por notícias de parentes presos no Complexo Penitenciário de Maceió e chegaram a iniciar o bloqueio da rodovia em frente ao local, mas foram contidos pela Polícia Militar. Eles reclamavam da falta de informações e denunciavam maus-tratos.
Cícera Marques, 50, está à espera de informações sobre o filho que estava preso no módulo 2 do Cyridão. "Não sei se meu filho vai ser transferido. Estou aqui sem nenhuma notícia. Ele está preso há 10 meses porque violou a tornozeleira eletrônica. Antes ele estava em semiaberto por roubo", disse.
A estudante Samara Gonçalves, 21, também estava esperando notícias do irmão que foi preso há um mês por tráfico de drogas. "Ninguém vem aqui nos dizer nada sobre as visitas, não sei como meu irmão está, o que está acontecendo lá dentro. Vi um caminhão com colchões e lençóis ensanguentados passarem. Quero notícias", relatou a estudante.
Para a transferência, viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Radiopatrulha (RP) e os helicópteros Falcão 2 e Falcão 3 foram ao local dar reforça ao Grupo de Escolta, Remoção e Intervenção Tática (Gerit).
Na última quinta-feira, dois detentos que cumpriam pena na Casa de Custódia, conhecida como Cadeião, que fica dentro do Sistema Prisional, em Maceió, foram achados mortos. Agentes penitenciários encontraram os corpos em módulos da unidade. De acordo com o promotor de Execuções Penais, as mortes não estão relacionadas.
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