terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Árvore que caiu no centro comercial de São Luís estava tomada por cupins

Centenário pé de Oiti com mais de 15 metros de altura estava infestada por cupins (Foto: Reprodução/TV Mirante)Centenário pé de Oiti estava infestada por cupins (Foto: Reprodução/TV Mirante)

A árvore que caiu na Praça Deodoro, no Centro de São Luís, e atingiu dois estabelecimentos estava infestada de cupins. A constatação foi feita durante a retirada de galhos e pedaços do tronco ainda estavam espalhados pelo chão nesta terça-feira (24). A árvore que caiu era um centenário pé de Oiti com mais de 15 metros de altura.

Além da lanchonete, o prédio colonial do outro lado da rua, outros quiosques, o poste de iluminação e uma parada de ônibus também foram atingidos pela árvore. Imagens de celular (veja abaixo) mostram o exato momento da queda. Era início de tarde e o Centro estava como de costume: bem movimentado. Por sorte, ninguém se feriu.

O professor Hamilton Almeida, pós-doutor em agronomia, relatou que em outros pontos do centro, como no movimentado Parque do Bom Menino, árvores seculares ameaçam morrer. A Barrigudeira, árvore centenária e que é protegida por decreto estadual, está cheia de parasitas.

“Como a copa da árvore é grande e praticamente não tem poda, há uma compensação para que esses parasitas comecem a criar os liquens e vão competir com a planta. Toda fotossíntese, todo metabolismo que a planta está produzindo, eles estão também se alimentando, sugando, chegando ao ponto que ele sobe. A tendência é matar a planta” afirmou o especialista.

Outras árvores estão tomadas pelas chamadas ervas de passarinho – parasitas que se alimentam sugando a seiva de suas hospedeiras, podendo, inclusive, causar a morte da árvore. No bairro Anil, mais uma Barrigudeira é vítima da falta de cuidado e manejo.

Barrigudeira no bairro Anil também está infestada por cupins (Foto: Reprodução/TV Mirante)Barrigudeira no bairro Anil também está infestada por cupins (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Em algumas das principais avenidas da capital, como na Av. Colares Moreira, no Renascença, e na Av. Daniel De Lá Touche, no Ipase, árvores mortas interferem no aspecto paisagístico e, pior, demonstram falta de preocupação com um problema ambiental muito maior.

“Ficamos horrorizados com o descaso, abandono total, a falta de manejo com as plantas que dá o aspecto estético paisagístico. As plantas produzem oxigênio para melhorar a temperatura do planeta” afirmou.

O Instituto Municipal da Paisagem Urbana (Impur) disse em nota que desde o final do ano passado tem feito o acompanhamento da situação das árvores na capital maranhense.

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