quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Antônio Bezerra é o bairro com mais casos de chikungunya em Fortaleza

Distribuição de casos confirmados de febre chikungunya e suspeitas em investigação em Fortaleza (Foto: Reprodução/SMS)Distribuição de casos confirmados de febre chikungunya e suspeitas em investigação em Fortaleza (Foto: Reprodução/SMS)

Em Fortaleza, oito bairros concentram 40% dos casos de febre chikungunya confirmados em 2017, segundo boletim da Secretaria da Saúde de Fortaleza (SMS). A capital cearense confirmou 252 casos da doença e uma morte este ano. No total, a SMS notificou 487 casos e investiga 198. Outros 37 foram descartados. O Bairro Antônio Bezerra registrou o maior número de confirmações, com 22 casos, além de 30 notificações.

Outros bairros que tiveram maior número de casos em 2017 foram Serrinha (14 casos), Quintino Cunha (13), Alvaro Weyne (12), Maraponga (12), Cristo Redentor (10), Mondubim (10) e Itaperi (9).

Entre as secretarias regionais, 24,8% dos casos notificados foram na regional III, com 121 notificações e 73 confirmações, seguido da regional IV (22,4%), sendo 109 notificações e 55 confirmações. A regional II (6,4%) notificou 31 casos e confirmou um, no São João do Tauape.

No boletim, a SMS destacou dois agregados em casos confirmados e suspeitas em investigação janeiro e fevereiro. O primeiro agregado é formado por áreas dos bairros Barra do Ceará, Cristo Redentor, Álvaro Weyne, Floresta, Presidente Kennedy, Autran Nunes, Quintino Cunha e Jardim Guanabara. O segundo agregado inclui os bairros Serrinha, Itaperi, Parangaba, Dende, Parque Dois Irmãos e Maraponga.

Ainda segundo levantamento da secretaria, por estabelecimento de saúde, as unidades de pronto atendimento (UPAs) foram responsáveis por 34,5% das notificações, seguidas pelos postos de saúde e hospitais municipais com 28,1% e 25,9%, respectivamente. Os hospitais estaduais foram responsáveis por 9,4% das notificações, e demais estabelecimentos 2%.

Boletim
A SMS confirmou 252 casos de febre chikungunya neste ano, segundo boletim divulgado nesta quarta-feira (22) pela pasta. Uma pessoa morreu em decorrência da doença.

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Outras 198 pessoas com suspeita da doença estão sendo investigadas, e 37 casos já foram descartados. Conforme a SMS, os números dos primeiros meses de 2017 superaram os do ano passado. Em igual período de 2016, a capital registrou 130 casos.

Os primeiros casos da febre de chikungunya confirmados em Fortaleza ocorreram no ano de 2014. No período de 2014 a 2017 foram confirmados 18.096 casos de febre de chikungunya, sendo 17.629 (97,4%) em Fortaleza e 467 (2,6%) de outros municípios. Em todo o ano passado, foram 19 mortes na capital devido à patologia, além de 4 mortes que estão sendo investigadas sob suspeita da febre.

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AEDES AEGYPTI
Mosquito está no centro de epidemias.

Dengue
Já a dengue, foi registrada, neste ano, em 442 pessoas em Fortaleza. Foram 436 casos confirmados por critério clínico e 6 por laboratório. Outros 1.545 casos estão em investigação. Não houve mortes em decorrência da doença neste ano.

Em 2016, foram 9 óbitos confirmados. A idade dos pacientes que evoluíram para óbito variou de 27 a 75 anos.

Reunião na Assembleia
Devido ao índice de febre chikungunya, a Assembleia Legislativa do Estado Ceará sediará nesta quinta-feira (23) uma reunião da Frente Parlamentar de Combate ao Mosquito Aedes aegypti. A comissão foi instituída em março do ano passado com o objetivo discutir medidas para a combater vetor de transmissão das doenças dengue, zika e chikungunya.

Para o presidente da comissão, deputado Carlos Matos, o aumento de casos de chikungunya era algo que estava prenunciado. "A preocupação com a chikungunya é que é um arbovírus muito mais agressivo e pode gerar um colapso na rede hospitalar do Estado", afirmou.

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