domingo, 22 de janeiro de 2017

Carnaval leva foliões e profissionais a lojas especializadas em Juiz de Fora

Mounira Haddad Rahme atende clientes carnavalescos há 50 anos em Juiz de Fora (Foto: Roberta Oliveira/G1)Mounira Haddad Rahme atende clientes carnavalescos há 50 anos em Juiz de Fora (Foto: Roberta Oliveira/G1)

Faltando quase um mês para o carnaval no Brasil, o movimento já começou nas lojas especializadas de Juiz de Fora. Carnavalescos fazem compras e encomendas enquanto foliões pesquisam as opções de tecidos, fantasias, adereços e acessórios para estarem prontos para cair na folia.

Há mais de 50 anos, Mounira Haddad Rahme recebe os apaixonados e profissionais do carnaval na Casa Chic. Nos preparativos para a festa em 2017, as escolas de samba locais já saíram na frente e agora os clientes vêm de outras cidades.

"Elas [escolas de samba] compraram a partir de outubro, através da carta de crédito. A maioria está pronta. Agora estamos atendendo pessoas de fora: Conselheiro Lafaiete, Andrelândia, Guarani. Enviamos materiais para Ouro Preto. Algumas escolas de Três Rios já fizeram as compras e outras ligaram encomendando", contou.

A comerciante Mounira Haddad garante que estoque está preparado para atender foliões de Juiz de Fora e outras cidades (Foto: Roberta Oliveira/G1)A loja stá atendendo municípios de MG e do RJ
(Foto: Roberta Oliveira/G1)

Embora não tenha aumentado o estoque, por causa da indefinição causada pela crise, a comerciante apostou na variedade.

Segundo ela, os clientes querem materiais que permitam os melhores efeitos e resultados pelo menor custo.

"Agora o carnaval ficou mais bonito e mais barato. Antigamente era só tecido, só lamê, você tinha que bordar tudo. Hoje já vem bordado", disse.

Na loja, a estrela do custo-benefício é o capim de acetato, antigamente chamado de chuvisco, uma forma de diminuir o uso das plumas.

"O quilo da pluma fica entre R$ 1.300 e R$ 1.700. O capim de acetato custa R$ 115 o quilo, a diferença é muito grande. Você abre ele, entremeia com três ou quatro plumas, ele enche e forma um visual maravilhoso e bonito que satisfaz. Temos o maior para costeiros e menor, para enfeite de cabeça", explicou Mounira.

Capim de acetato é um dos produtos mais procurados, diz Mounira Haddad Rahme (Foto: Roberta Oliveira/G1)Capim de acetato é um dos produtos mais procurados na loja de Mounira Haddad (Foto: Roberta Oliveira/G1)

Ela avalia as mudanças que presenciou no carnaval e lembra porque a festa é importante mesmo em períodos de crise. "Por causa das trocas nas prefeituras, as pessoas estavam sem saber o que ia acontecer. Mas eles percebem que com a cidade esvazia, o comércio não vende e quem mais perde é o povo mais pobre, que fica sem opção", disse.

Procura antecipada
O movimento na Casa Combate ainda em janeiro foi uma surpresa bem vinda, segundo a comerciante Cláudia Franchini. "[O movimento] Está bom e acontecendo bem antes, especialmente, o pessoal das cidades vizinhas. Alguns vêm pesquisar, conferir se o material é o necessário para as alas e já tem muitos que estão levando", explicou.

[O movimento] está bom e acontecendo bem antes, especialmente, o pessoal das cidades vizinhas. Alguns vêm pesquisar, conferir se o material é o necessário para as alas e já tem muitos que estão levando"
Cláudia Franchini, comerciante

Os adereços são a especialidade da loja que reforçou a quantidade do estoque e a variedade dos produtos

"A gente trabalha com estes artigos o ano inteiro, no fim do ano, reforçamos a quantidade. Temos opção de todos os tipos e para todos os orçamentos", comentou.

As tiaras de flores, sucesso de vendas nos últimos carnavais, estão de volta. "Ainda são muito procuradas. Nesta semana, vendemos para um grupo de amigas que vai pular o carnaval em blocos no Rio de Janeiro e queriam tiarinhas. Neste ano elas têm mais cores e novos modelos", destacou Cláudia Franchini.

Em Juiz de Fora, comerciante Cláudia Franchini diz que abasteceu estoque para o carnaval (Foto: Roberta Oliveira/G1)Comerciante Cláudia Franchini diz que abasteceu estoque com opções para todos os orçamentos (Foto: Roberta Oliveira/G1)

Super-heroínas na folia
No armarinho Quase Tudo, o foco é o folião. Diante da procura neste ano, a comerciante Loyse Agostinho percebeu uma diferença nas preferências das clientes. "As meninas, especialmente as crianças, estão procurando as roupas de super-heroínas. Isso não havia. Sempre era o de praxe: princesa, bailarina, ciganinha. Neste ano, elas querem a Mulher Maravilha, a BatGirl, a SuperGirl", destacou.

As meninas, especialmente as crianças, estão procurando as roupas de super-heroínas. Isso não havia. Sempre era o de praxe: princesa, bailarina, ciganinha. Neste ano, elas querem a Mulher Maravilha, a BatGirl, a SuperGirl"
Loyse Agostinho, comerciante

E pelo movimento na loja dela, o carnaval pode se tornar temático. "As roupas de super-herói são as favoritas dos meninos. Todo ano é a mesma coisa. A gente pode oferecere opções diferentes, que sempre é os heróis, não tem jeito. Por isso, neste ano vai haver muitos super-heróis e muitas super-heroínas nas ruas",  disse.

A loja trabalha com venda de fantasia para as crianças, com preços variando de R$ 49,90 a R$ 85.

Para os adultos, há apenas o aluguel. Pelos quatro dias, com devolução na Quarta-Feira de Cinzas, os valores são de R$ 30 a R$ 50.

O estoque de fantasias, acessórios, confete e serpentina está pronto para quem vai brincar nos bailes, festas e blocos. "A minha expectativa é boa, já estou recebendo clientes pesquisando e perguntando por opções. As compras mesmo devem ser em fevereiro, porque o pessoal sabe onde tem, sabe o que quer, mas sempre deixa para a última hora", destacou Loyse.

As fantasias de super-heroínas são as favoritas das meninas, diz Loyse Agostinho (Foto: Roberta Oliveira/G1)Super-heroínas e super-heróis são as fantasias mais procuradas neste ano, diz a comerciante Loyse Agostinho (Foto: Roberta Oliveira/G1)
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