Em Cacoal (RO), a 480 quilômetros de Porto Velho, já foram notificados, neste mês de janeiro, nove casos suspeitos de dengue e três de chikungunya. Ao contrário de dezembro, quando não houve nenhum registro. Segundo o chefe do Setor de Endemias, Pedro Souza, o número é um reflexo da falta de cuidado da população com os quintais e residências. O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado no município apontou que 58% dos focos do mosquito transmissor das doenças estavam no lixo doméstico e 18% em pneus.
"Quando chega o período chuvoso, os cuidados com os quintais e residências tem que ser dobrado, e percebemos que os moradores relaxaram nessa questão, principalmente com os lixos. Em alguns pontos da cidade, podemos perceber pessoas jogando lixos nas ruas e pedimos a ajuda da população para que isso não aconteça", aconselha Pedro.
Segundo o chefe do Setor de Endemias, outro problema agravante são as casas abandonadas, com mato alto e propicias para a proliferação dos mosquitos. Por isso, ele alerta: "vamos fiscalizar e multar os proprietários com terrenos sujos e ver, se doendo no bolso, eles passam a ter mais consciência", afirma.
Os casos suspeitos das doenças registrados preocupam a população. A aposentada Maria Aparecida de Oliveira afirma que cuida bem do quintal, mas se preocupa com os vizinhos que não tem o mesmo cuidado.
"Sempre mantenho tudo limpo, pois já fiquei doente uma vez e não quero que isso se repita. A preocupação maior é que nós limpamos tudo, mas podemos observar que os vizinhos não tem os mesmos cuidados podendo prejudicar a todos", disse a aposentada.
O último LIRa, que aponta o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue na cidade, mostrou que os Bairros Bandeirantes e Vista Alegre tiveram maior infestação. Dos focos encontrados, 58% estavam no lixo doméstico e 18% em pneus.
Agentes de endemias da prefeitura irão fazer um novo LIRAa. Os trabalhos serão iniciados nesta segunda-feira (23). Os agentes pretendem visitar cerca de 37 mil imóveis no município.
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