Adolescente foi levado para IML para examede corpo de delito
(Foto: Marcelo Marques/ G1 Roraima)
Um adolescente de 14 anos foi apreendido nesta terça-feira (3) em Roraima por suspeita de estuprar e matar o próprio primo de um ano e 11 meses, segundo a Polícia Civil.
O crime ocorreu no município de Amajari, região Norte do estado, no dia 31 de dezembro, na comunidade indígena do Ouro, distante 130 quilômetros de Boa Vista.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Trajano Junior, o garoto indígena confessou o crime.
“O corpo da criança foi encontrado por moradores da comunidade após verem urubus sobrevoando o cadáver. Chegamos ao adolescente devido ele ter deixado suas sandálias na casa da vítima. Como ninguém da residência usava os calçados, foi levantado que o suspeito havia passado pelo local. Fomos aonde ele mora, o questionamos, e ele confessou o assassinato de imediato”, conta o delegado.
Em depoimento, o adolescente disse que tinha ingerido três doses de cachaça com o padrasto do bebê antes de cometer o crime. De acordo com o delegado, o suspeito alegou estar consciente na hora do assassinato, porém, ele não soube dizer o motivo de ter matado o primo.
“Ele diz ter desferido diversos murros na criança, que morreu de traumatismo craniano, após tirá-lo de casa quando os pais da vítima dormiam. No exame de conjunção carnal, foi constatado a violência sexual, o que ele [suspeito] nega”, diz Trajano, citando que mãe da criança acordou e deu falta do filho.
"Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência acerca do sumiço do menino e iniciamos a investigação", relata.
Ainda de acordo com o delegado, o adolescente foi tirado da comunidade em virtude de moradores da região estarem revoltados.
"Ele nos levou ao local do crime onde narrou como matou a criança. Um pedaço de pau com sangue foi recolhido para ser periciado. Não sabemos se é da vítima ainda", revela o delegado.
Foi lavrado um Auto de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional (Afai) contra o garoto. Ele foi conduzido ao Centro Socioeducativo (CSE) onde aguardará decisão da Justiça.
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