segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Justiça concede prisão domiciliar a policial acusado de chacina no Ceará

A Justiça autorizou o pedido de prisão domiciliar para um soldado da Polícia Militar que estava preso preventivamente acusado de participação na Chacina da Messejana, que deixou 11 pessoas mortas em novembro de 2015. Conforme o Ministério Público do Ceará (MPCE), o agente teve a substituição da pena concedida para cuidar do filho, que seria submetido a uma cirurgia cardíaca.

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O soldado será monitorado por tornozeleira eletrônica enquanto cumpre a medida domiciliar. Ele estava preso desde agosto do ano passado, após a Justiça decretar a prisão de 44 policiais denunciados pelo MPCE.

Esta foi a segunda substituição de pena preventiva por domiciliar referente ao caso da Chacina da Messejana. Em outubro do ano passado, uma sargento da PM foi beneficiada a cumprir prisão domiciliar para cuidar da filha, de 8 anos, que sofre de cardiopatia e requer cuidados médicos especiais.

Os demais policiais suspeitos de envolvimento nos crimes seguem detidos no 5º Batalhão da Polícia Militar, sede do Comando de Policiamento da Capital (CPC), no Centro de Fortaleza. Os agentes foram denunciados por homicídios duplamente qualificados, tentativas de homicídio e tortura.

Mortes violentas
Os 11 assassinatos ocorreram entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12, nos bairros Curió, Alagadiço Novo, Messejana e São Miguel. Além das mortes, outras sete pessoas ficaram feridas.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), das vítimas fatais, apenas dois respondiam por crimes de menor gravidade, sendo um por acidente de trânsito e o outro por falta de pagamento de pensão alimentícia. Quatro pessoas entre os mortos são adolescentes com menos 18 anos; outros três têm entre 18 e 19 anos de idade. Uma outra homem tinha 41 anos e foi morto dentro de um comércio.

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