A mãe do menino de 11 anos morto com um tiro na cabeça em Fortaleza vai responder por homicídio doloso (quando a pessoa teve intenção de matar ou assumiu o risco). A mulher confessou à polícia que apontou a arma para a criança, mas disse que o tiro foi acidental, de acordo com a delegada que investiga o caso, Socorro Portela.
O menino foi baleado e morto no domingo (29) no Bairro Serrinha. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira, o Frotinha da Parangaba, mas não resistiu. A mulher foi detida ainda no hospital.
"Com a versão dela de que o filho havia sofrido um assalto na frente de casa os policiais a levaram ao local do crime e chegando à casa dela, ela acabou confessando que atirou no filho, mas afirma que foi acidental", disse a delegada, titular da Divisão de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP).
De acordo com Socorro Portela, a mulher de 33 anos disse que a criança estava mexendo no guarda-roupa, local onde a arma estava guardada. "Ela disse que achou que a criança iria pegar a arma, aí, brigou com ele para não fazer aquilo, depois colocou o revólver na cintura e por fim apontou a arma, que disparou, para o filho", relata.
A delegada afirma que o depoimento da mulher foi contraditório e ela estava sob efeito de álcool e droga. Para a delegada, o tiro não foi acidental.
A mãe está na DHPP, mas será transferida para o presídio feminino Desembargadora Auri Moura Costa, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Arma comprada em feira
A delegada informou que a suspeita não tinha porte e que comprou a arma na feira do Bairro Parangaba há dois meses, por R$ 1,2 mil, "para se defender de uma rival".
Iarly Dourado era o filho mais mais velho da mulher, que também é mãe de outras duas crianças. Ele havia sido criado pela avó materna, mas após o falecimento dela ficou sob os cuidados da mãe.
O crime de homicídio doloso (artigo 121), conforme o Código Penal Brasileiro gera pena de reclusão de seis a vinte anos.
0 comentários:
Postar um comentário