A população de São Luís está insatisfeita com a falta de segurança nas paradas de ônibus. Quem depende do transporte coletivo na capital teme ser assaltado tanto fora como dentro dos coletivos.
Como é o caso de Maria Gorethe dos Santos. Ela que trabalha na área dos serviços gerais diz que não se sente protegida nem quando está dentro do ônibus. “Eu não me sinto segura em lugar nenhum hoje; nem dentro de ônibus, nem em parada de ônibus”, desabafou.
Quem nunca foi assaltado, já ouviu falar ou já teve alguém conhecido que foi vítima da ação criminosa. O pedreiro Fernando Paixão diz que um colega dele foi alvo de piadas após ter sido abordado por bandido. “Conheço um colega meu que já foi corrido daqui porque o cara deu voz de assalto e ele saiu correndo. Até no serviço foi motivo de piada, mas realmente é uma coisa muito séria”.
A doméstica Maria Cristina Pinheiro que utiliza diariamente as paradas de ônibus que fazem linha para a região do Anel Viário diz que sabe dos perigos do espaço e por isso mesmo não se descuida. “Tem muito ladrão aqui. Aqui a maior parte dessas pessoas que ficam dormindo na rua a tendência está na bobeira e neguinho, principalmente celular, as pessoas dão bobeira e nêgo toma é mesmo”.
O motorista de ônibus Deimson Campos afirma que no Anel Viário não existe a presença de policiais, o que aumenta a sensação de perigo constante. “Aqui é bastante perigoso. Se o cara vacilar eles assaltam o carro. A grande maioria evita entrar aqui porque é tudo deserto. Aqui não tem policiamento de nada. Em relação a trecho está tudo perigoso. Não tem lugar certo aqui, nas Cajazeiras, saindo do terminal, tudo está perigoso”, finalizou.
Operação Militar
Segundo o comandante do Policiamento Metropolitano em São Luís, coronel Pedro Ribeiro, uma operação batizada de “Alvorada” teve início com o objetivo de prender bandidos que nas primeiras horas do dia em paradas de ônibus. “Nós desenvolvemos a operação ‘Alvorada’ que consiste em policiais militares especialmente em motos percorrendo as paradas de ônibus ao amanhecer a fim de prender os bandidos e nós temos efetuado essas prisões”, contou.
Ainda conforme o comandante, o policiamento da capital está distribuído por equipes formadas por policiais a pé e também por policiais em motocicletas. “Nós temos o policiamento a pé que consiste especialmente na Rua Grande e na Praça Deodoro, e o policiamento em motos da equipe ‘Tornado’ e o Batalhão Tiradentes que a sede é no Centro”.
O coronel Pedro Ribeiro acrescenta que após a criação da operação os índices de ocorrências reduziram na capital maranhense. “A polícia trabalha através de índices e esses índices nós estamos reduzindo aqui no Centro o roubo de veículos, o homicídio”.
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