quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Secretário de Saúde faz visita técnica em Hospital Municipal de Uberlândia

 O Secretário Municipal de Saúde de Uberlândia, Gladstone Rodrigues, fez nesta quarta-feira (4),  uma visita técnica ao Hospital Maternidade Drº Odelmo Leão Carneiro para verificar as condições do local. Segundo informações da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que administra a unidade, o déficit financeiro é de quase R$ 32 milhões.

Em nota, Gilmar Machado falou sobre investimentos no hospital e crise financeira. Até o fechamento desta reportagem, a administração anterior, não enviou informações sobre o déficit financeiro e os equipamentos parados e a redução de atendimento.

Nesta terça-feira (3), a TV Integração exibiu na edição do MGTV 2ª, imagens postadas nas redes sociais do prefeito Odelmo Leão  que mostraram  camas e macas sem uso, poltronas rasgadas e equipamentos amontoados e sem manutenção. 

A situação foi comprovada durante a vistoria feita nesta quarta. Em um dos setores, dezenas de equipamentos parados. São eles, respiradores, monitores, ventiladores pulmonares, bombas, incubadoras neo-natais. Todos sem manutenção.

O diretor técnico do hospital, Antônio Costa,  ressaltou que uma ala de terapia intensiva está fechada desde 2015. " A mamografia está parada desde 2015, de  2016 de agosto pra cá, a tomografia e o outro equipamento os monitores de UTI, e às vezez um outro equipamento tipo ultrassom às vezes dá problema e tem que suspender o atendimento", afirmou.

O hospital tem 236 leitos, desses, 45 estão desativados: 33 de enfermaria e 12 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O custo para consertar os equipamentos já foi calculado  e repassado ao secretário Gladstone Rodrigues, "Com o orçamento de hoje em torno de R$ 4.600 milhões que seriam necessários", destacou.

Déficit Financeiro
Segundo a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) que administra o Hospital Municipal, o déficit financeiro da unidade é de R$ 32 milhões , referentes aos atrasos nos repasses de verba, que devem ser feitos pela União, Estado e Município.

A SPDM não consegue honrar os compromissos com fornecedores. Deve cerca de R$ 1. 200 milhões à uma empresa de energia elétrica e mais de R$ 1.200 milhões a outra do ramo de alimentação. Ainda mais R$ 1 milhão  que foram destinados a serviços de limpeza, R$  550 mil à segurança  e R$ 350 mil de lavanderia.

O diretor do hospital,  afirma que os atendimentos tiveram redução de 30% em 2016 em comparação com 2015. E o número de funcionários caiu de 1200 para 1070. "À medida que os equipamentos, as camas e as macas iam se deterionando, não tinha como dar uma assistência de qualidade à população. E com isso a gente deixou de fazer atendimento a procedimentos de alta complexidade como cirurgia oncológica e ortopédicas que foram repassadas para a UFU", explicou.

Gladstone Rodrigues disse que estuda como vai fazer para devolver esses leitos à população, ao mesmo tempo em que calcula que os problemas da saúde vão além do hospital. O desabastecimento de medicamentos e outros produtos farmacêuticos chega a 54,4%, 421 itens estão zerados no estoque, segundo ele.

Gilmar Machado
Em nota enviada à redação, Gilmar Machado disse que "em virtude da crise econômica, a união e o estado atrasaram por meses os repasses para o hospital municipal, e que o município arcou com o custeio sozinho por meses até a regularização das transferências".

Ressaltou ainda que "investiu mais de 1 milhão de reais em novos equipamentos e implantou a residência médica", conforme o texto.

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